O Que é Banal Não Pode Ser Sensacional
Profissionais de marketing – pelo menos os bons – são como radares em busca de tendências que possam usar para se aproximar de seus clientes. Os que percebem novos comportamentos primeiro e conseguem criar atividades para explorá-los, chamam a atenção, fortalecem suas reputações e constroem relacionamentos com consumidores, que respondem comprando e difundindo a marca. Depois, muitos outros profissionais da área, percebendo o sucesso de seus pares iluminados, mimetizam as ações, repetindo-as insistentemente. Conseguem colher alguns frutos, mas incomparavelmente menos saborosos do que aqueles que empreenderam as primeiras ações. A revista Fast Company desse mês discute a questão em um artigo muito interessante que tem seu ponto alto em uma frase de Jake Katz, VP do canal especializado em música Revolt: “se é uma tendência, você já perdeu o momento”. O foco do artigo recai sobre o número de ações promocionais que estão no ar usando o selfie como gancho. São tantas campanhas, de tantas marcas e em tantas situações que, aquilo que era um comportamento natural das pessoas, começa a ficar saturado e artificializado. O resultado é a banalização que condena a maioria das iniciativas a irrelevância. Foi assim com o Flash Mob, está sendo assim com os selfies e será assim com a próxima onda. Tente chegar primeiro, ou pelo menos logo em seguida. Depois esqueça e preste atenção no que vem adiante.