O Sucesso como Semente do Fracasso. O Retorno (Mais Uma Vez)!
Em um curso que fiz há alguns anos, ouvi do Cláudio Felisoni, diretor do Provar/USP, uma frase marcante com relação ao conhecimento empresarial: “Em Administração de Empresas, a teoria é a prática dos vencedores”. No mundo corporativo, a teoria vale enquanto a realidade comprovar sua aplicação. Nesse sentido, podemos dizer que o livro “Como as Gigantes Caem” do Jim Collins continua afiadíssimo como boa teoria. Ao estudar os motivos que levam grandes empresas a ter problemas, ele descobriu que a semente da desgraça organizacional é o excesso de confiança que nasce do sucesso. Ele mostra através de vários exemplos como a soberba está por trás de muitos tropeções no mundo dos negócios.
A reportagem da Veja desse domingo sobre a disputa no mundo dos Browsers corrobora com as conclusões do consultor americano. O foco do texto está no fato de que a última versão do Chrome (Google) bateu o número de usuários da última versão do Explorer (Microsoft) por 25% a 22% e em mostrar como esse fato pode alavancar um avanço do Google na área de sistemas operacionais , colocando em perigo a sagrada dominância do Windows. Mas a causa; a semente que provavelmente deu origem a isso tudo, quase passa desapercebida logo no primeiro parágrafo. É nesse momento que o autor da matéria (Filipe Vilcic) constata que Steve Balmer, presidente da Microsoft desprezou o Chrome quando ele nasceu e chegou a dizer que seu lançamento era um erro do Google. Não é difícil de entender que por achar que o Chrome não era perigoso a Microsoft relaxou e não deu atenção a esse adversário. Era tudo o que a Google precisava. Paz para trabalhar sem ser incomodada. E assim foi. Agora que o jogo está virado tudo será mais difícil para a empresa de Bill Gates, que provavelmente não conseguirá desvirá-lo.
O dia em que o excesso de confiança deixar de provocar estragos, o livro do Jim Collins será inútil como teoria e virará peça de museu. Mas acho que esse dia está loooooonge!
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PS: E em sua empresa? Ela corre o risco de não ver o perigo por acreditar demais em si mesma? O que você sugere para que isso não aconteça? Dê a sua opinião!