Resumo do Livro: ‘Co-Active Coaching’
O livro ‘Co-Active Coaching’ – ou ‘Coaching Co-Ativo‘, em português – oferece aos líderes um guia prático para adotar o coaching como competência essencial para elevar o engajamento no local de trabalho.
Os autores Henry Kimsey-House, Karen Kimsey-House, Phillip Sandahl e Laura Whitworth conseguem reunir em um único livro as ferramentas, habilidades e os fundamentos necessários para ter sucesso nas delicadas relações que envolvem a liderança.
Preparamos por aqui um resumo para você! E se gostar, corra para a sua livraria favorita.
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Prefácio
A base para o coaching bem sucedido vem do ato consciente de co-criação de uma relação co-ativa, colaborativa e cooperativa que gere aprendizado e ações concretas.
O mesmo vale para qualquer relação que se baseie nos princípios do coaching, tal como líder coach e liderado. Quando isso acontece, nascem conversas que permitem o coachee enxergar coisas que não veria sozinho por estar mergulhado demais em sua própria situação.
Introdução
A proposta desse livro é iluminar as importantes conversas de coaching, sejam elas informais ou baseadas nos princípios do coaching, que nascem quando há uma relação co-ativa.
Em grande medida isso significa ir além de resolver os problemas existentes, para criar condições para a descoberta, consciência e escolha. Isso acontece quando há respeito, abertura, compaixão, empatia e um rigoroso compromisso com a verdade.
Parte 1: Fundamentos Co-Ativos
As pessoas buscam o coaching porque querem mudar algo. Querem atingir objetivos, ser mais efetivos e satisfeitos com a vida e o trabalho.
Para isso é necessário que o coach esteja realmente presente na relação e se abra para o que aparece ao longo do caminho, ainda que haja um plano que norteia o trabalho.
Capítulo 1: O Modelo Co-Ativo
Coach e coachee são colaboradores ativos na construção de um relacionamento que se baseia em quatro princípios:
- As pessoas são naturalmente criativas, cheia de recursos e completas;
- O foco deve estar na pessoa como um todo e não apenas em seus desafios;
- Deve haver flexibilidade para se adaptar às necessidades de cada momento;
- A busca é por evolução e transformação.
Esses princípios dão a luz a um modelo que tem em seu cerne a satisfação plena e pessoal do coachee, o equilíbrio entre os diversos aspectos da sua vida e a constatação de que tudo é um processo contínuo.
Se materializa através de cinco competências do coach: escuta ativa, uso da intuição, curiosidade, fomento do aprendizado e ação, além do autogerenciamento.
Nesse sentido o coach é um catalisador que estimula as mudanças que o cliente quer trazer para sua vida.
Capítulo 2: A Relação de Coaching Co-Ativa
Coaching é antes de tudo um relacionamento entre iguais, que começa da constatação de que cada coachee é único.
E para que esse relacionamento se estabeleça da maneira correta é fundamental que alguns ingredientes estejam presentes: confidencialidade, confiança, transparência e espaço para a o aprendizado (inclusive com os erros).
Geralmente o primeiro passo é o mergulho no autoconhecimento do coachee e suas circunstâncias, uma visão clara do futuro, objetivos e resultados desejados, uma revisão da identidade e uma discussão sobre o papel do coaching. É importante que o coach esteja atento a tendência de resistir a mudança.
Parte 2: Os Contextos Co-Ativos
O coach ou líder coach precisa trazer para o relacionamento, cinco competências fundamentais: escuta, intuição, curiosidade, avanço com profundidade e auto gestão.
Capítulo 3: Escutando
Ser verdadeiramente escutado é uma experiência excelente, em parte porque é raro. A capacidade de ouvir é importante em qualquer conversa, mas numa conversa de coaching é essencial. O que é desafiador, pois nossa tendência a nos distrairmos e com a pressão do trabalho facilmente perdemos a atenção. Os coaches excelentes conseguem, escutar não apenas o que é dito, mas toda miríade de sinais multidimensionais que o coachee envia.
Para isso é preciso evoluir da Escuta Interna (onde toda nossa consciência está em nós mesmos) para a Escuta Focada (onde o foco se desloca para o interlocutor) e finalmente a Escuta Global (quando se escuta o que é dito ou não em uma percepção holística do outro).
Quanto mais evoluído é a escuta do coach, mais algumas competências estão ativas: paráfrase, esclarecimento, meta visão, metáfora e reconhecimento.
Capítulo 4: Intuição
A cultura em que vivemos valoriza as informações concretas e os argumentos racionalizáveis. Por isso não damos tanta atenção e até tentamos evitar o uso da intuição, que pode, sim, ser uma abordagem complementar que acelera o processo de descoberta e ação.
Não necessariamente tomando-a como verdade, mas como uma hipótese a ser verificada. Uma provocação ao coachee. Para isso o coach deve considerar, em alguns momentos, cortar a conversa do coachee que parece não estar levando a lugar algum e dar-se ao direito de falar num impulso sobre a sensação de que algo está errado.
Capítulo 5: Curiosidade
Os coaches mais efetivos são naturalmente curiosos e usam essa curiosidade para abrir janelas na mente do coachee ou liderado. E entendem que devem desenvolver a capacidade de perguntar não para reunir informações e oferecer soluções, mas para estimular a reflexão consistente de forma a ajudar o coachee a trabalhar a partir dos seus próprios recursos.
Algumas técnicas são importantes nesse sentido: questões poderosas, questões estúpidas, questões não tão poderosas como exceções e tarefas de casa.
Capítulo 6: Para Frente e Mais Fundo
Os coachees estão em busca de resultados no tocante às mudanças que querem empreender. E o coaching co-ativo proporciona ainda a possibilidade de aprendizado ao longo do processo de mudança. Isso acontece na presença de:
- autenticidade, que acontece quando você não se esconde atrás de uma máscara artificial em nome do profissionalismo;
- conexão, quando há proximidade real e humana;
- vitalidade, que vem da energia real do diálogo;
- coragem, quando o coach demonstra que está tão comprometido com o sucesso do coachee quanto ele mesmo.
Na prática isso significa que o coachee escolhe o foco da agenda, mas o coach gerencia o tempo e a estrutura das sessões, sempre em direção aos objetivos estabelecidos e celebrando até as falhas como instrumento de aprendizagem. Lembrando que o objetivo não é apenas resolver problemas, mas apoiar o cache na sua jornada de aprendizado sobre como aprender.
Algumas competências de coach, nesse sentido, são: estabelecimento de objetivos, brainstorming, solicitação de ações e desafio. Além da capacidade da ajudar o coachee a lançar mão de ferramentas de apoio.
Capítulo 7: Autogestão
É comum a conversa de coaching acionar emoções e reações no coach, que precisam ser gerenciadas para não interferir no trabalho. O impulso para oferecer conselhos, principalmente por parte do líder, agindo como coach, precisa ser administrado. A resistência em transitar em temas que são desconfortáveis para o coach também.
Duas dicas práticas nessa seara são: ao se desconectar, diga e prepare-se para cada sessão. Apesar de o conselho não ser a melhor opção na maioria das vezes, ele pode ser necessário, se for do melhor interesse do cliente.
Algumas competências e coaching nesse sentido são: a capacidade de notar a desconexão e retomá-la (notando-a; declarando-a e reconectando-a). Pedir permissão para entrar em alguns temas pode ser fundamental. Pedir para o coachee chegar ao ponto, também. Reconhecer as competências dos clientes, idem. E as vezes pode ser importante deixá-lo extravasar. Além de ser necessário reformular a visão do coachee, às vezes colocando os holofotes e questionando as crenças absolutas do coachee.
Parte 3: Princípios Co-Ativos
Os princípios essenciais do Coaching Co-Ativo são: plenitude, equilíbrio e processo. São eles que lastreiam a criação de condições ótimas para que o coachee possa atingir os resultados desejados. Sejam eles: um objetivo a atingir, uma decisão a tomar, uma nova competência a desenvolver, um hábito a quebrar ou uma questão para resolver.
Capítulo 8: Plenitude
Uma vida plena é cheia de significado, propósito e satisfação. Mas as pressões na vida e no trabalho nos pressionam para resultados de curto prazo nos afastando da pergunta “como isso contribui para minha vida plena?”.
Tal sentimento não necessariamente tem a ver com se sentir bem. Podemos estar plenos mesmo quando a vida é difícil, desafiadora e até desconfortável. A plenitude acontece quando nós podemos expressar quem nós somos e fazer aquilo que é certo para nós. E isso nos faz sentir vivos.
Por isso o coach precisa chamar o coachee para manter os olhos nos tópicos que são essenciais (grande agenda) e não apenas naquilo que é premente. Importante dizer que os valores são indicadores importantes para entender o que é viver uma vida plena. Portanto o coach deve trabalhar junto com o coachee para esclarecer quais são os seus valores e questionar continuamente durante o processo se esses valores estão sendo honrados.
A roda da vida, pode ser uma ferramenta importante para perceber como o coachee está o nível de satisfação em diversos aspectos da vida: carreira, finanças, saúde e bem-estar, amigos e família, parceiro ou romance, crescimento pessoal, diversão e entretenimento, ambiente físico. Entender os valores do coachee e seu propósito é muito importante.
Capítulo 9: Equilíbrio
Uma vida equilibrada acontece quando as ações cotidianas são coerentes com uma visão estimulante. Isso faz o coachee sentir que está no controle da sua vida e não apenas reagindo a ela. Principalmente nas empresas, quando as demandas urgentes dirigem as coisas.
E quando as circunstâncias passam a dominar o cenário, é papel do coach perguntar:
- Sobre o que você tem controle?
- Que escolhas são possíveis?
A fórmula para obter o balanço é composta de cinco passos:
- Expandir as perspectivas;
- Assumir que existem escolhas a fazer;
- Estabelecer uma estratégia clara e criativa;
- Comprometer-se com a rota de ação;
- Agir, o que não está na sessão, mas na vida do coach.
Capítulo 10: Processo
No coaching co-ativo o foco está não apenas no atingimento dos objetivos, mas em ajudar o coachee a aproveitar a jornada através de um nível superior de consciência com relação ao momento.
Para isso o coach precisa estar atento para perceber a turbulência abaixo do nível superficial, explorar a questão, criar condições para que o coachee vivencie a situação e para que a mudança aconteça, estimulando o aparecimento da energia necessária para vencer o desafio, ajudando o coachee a mobilizar novos recursos e impulsionando o movimento. Nesse sentido o coach precisa estar aberto a encarar as emoções que surgem no processo de coaching, o que é algo natural.
Parte 4: Integração e Visão
O coaching pode ser uma jornada contínua em que os objetivos se sucedem e são superados. Para isso todos os elementos colocados até aqui precisam estar integrados e evoluindo continuamente rumo ao futuro.
Capítulo 11: Colocando Tudo Junto
Não existe uma receita, mas o coach precisa integrar os três princípios (plenitude, equilíbrio e processo) na jornada de coaching e em cada sessão, ajudando o coachee a determinar o melhor curso de ação e apoiando-o para que continue no caminho e resistindo à tentação de agir como consultor ou mentor. E principalmente entendendo a diferença entre coaching e terapia.
Capítulo 12: O Mundo do Coaching em Expansão
O amadurecimento do coaching no mundo vem levando ao surgimento de diversas especializações, tais como o Team Coaching e o coaching no ambiente de trabalho, ou mesmo o uso do coaching como apoio ao processo de mudança.
Os coaches bem sucedidos conseguem escolher um segmento que tenha a ver com sua paixão e sua missão. Mas muito além do coaching como profissão, é possível criar um mundo onde o coaching e suas competências permeiam todas as relações humanas.
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