Resumo do livro: ‘Imunidade à Mudança’ de Robert Kegan e Lisa Lahey
No livro ‘Imunidade à Mudança’ de Robert Kegan e Lisa Lahey é apresentado um caminho que nos leva ao motivo pelo qual mudar pode ser tão difícil para nós. É possível dispor de uma visão clara de como vencer a força da paralisia que o sistema de imunidade à mudança provoca, através dos diferentes exemplos que o livro trás.
Preparamos por aqui um resumo para você! E se gostar, corra para a sua livraria favorita.
Introdução
Todos sabem o quanto a capacidade de mudar e se desenvolver é uma competência central nos dias de hoje. Da mesma forma, todos sabem o quanto essa tarefa é desafiadora. O que ainda não está tão claro é que mudança e desenvolvimento acontecem não apenas com a aquisição de novas habilidades e conhecimentos. Ela acontece, principalmente, com a mudança na mente em si e da forma como ela funciona.
Capítulo 1: Reconcebendo o Desafio da Mudança.
A sua capacidade de se desenvolver e desenvolver seu time é o que irá lhe diferenciar de agora em diante. Sua capacidade de agir como um solo fértil para o crescimento dos talentos. Na prática isso significa fechar a lacuna entre o nível de complexidade do mundo e o nível de complexidade da sua mente, que precisa evoluir de uma “Mente Socializada” para “Mente de Autoria” e finalmente uma “Mente Auto Transformadora”. A Mente Socializada segue o contexto e as regras estabelecidas. A Mente de Autoria estabelece seus próprios paradigmas e agenda, mesmo que, as vezes, isso signifique acreditar em verdades ultrapassadas. A mente Auto Transformadora é aberta para se reinventar constantemente e aprender a todo instante. Os estudos mostram uma grande correlação entre as mentes mais evoluídas e uma maior performance no mundo contemporâneo.
Nesse novo mundo é importante não apenas ter novas habilidades, mas saber enfrentar situações cada vez mais ambíguas, para as mudanças chamadas adaptativas em detrimento das mudanças técnicas, mais simples.
Capítulo 2: Descobrindo a Imunidade à Mudança.
Antes de desenvolver soluções adaptativas para problemas complexos é importante formular o problema adequadamente. A metodologia propõe identificar primeiro os comportamentos que você quer desenvolver. Depois os comportamentos que competem com eles. E por fim os motivos ocultos que sustentam os comportamentos competidores. Comportamentos esses que precisam ser entendidos não como uma disfunção de qualquer natureza, mas como uma estratégia bem sucedida para promover outros objetivos, geralmente de cunho emocional, frequentemente estratégias para lidar com a ansiedade gerada pela sensação de perigo.
O resultado do conflito entre o que se quer racionalmente e o que se deseja emocionalmente é uma ação que se parece como ato de acelerar e frear um carro ao mesmo tempo.
Para lidar com essa situação é importante identificar um quarto elemento que é o conjunto de premissas assumidas como verdadeira para gerar o efeito de diminuição de ansiedade desejado.
Capítulo 3: Nós Nunca Tivemos uma Linguagem para Isso.
A prática em diversas empresas e com diversos profissionais mostra que um bom caminho para o desenvolvimento é eleger uma mudança que se queira realizar que é a sua prioridade máxima: a sua Grande Coisa Única.
Uma investigação 360 é um bom começo, mas o ideal é uma investigação 720, que incluí amigos e familiares, além dos colegas de trabalho.
Alguns parâmetros importantes para eleger um ponto de mudança relevante são: algo que seja valioso para você trabalhar, que impacte positivamente o grupo caso você seja bem sucedido, cujo progresso seja possível avaliar, que seus colegas possam reconhecer e que possa inspirar esses mesmos colegas a promover suas próprias mudanças. Um medo comum é que isso vai expor as pessoas, na medida em que elas precisam revelar vulnerabilidades, mas na prática o que acontece é que se algo é a sua Grande Coisa a mudar, todos já sabem e provavelmente falam sobre ela. E o pior, pelas suas costas.
Capítulo 4: Superando a Imunidade à Mudança em Grupo.
Da mesma forma que as pessoas, grupos também desenvolvem suas próprias imunidades a mudança, o que as impede de realizar as mudanças que querem. E as experiências vividas pelos autores em várias situações diferentes em negócios totalmente diferentes mostram que a abordagem proposta funciona também na esfera coletiva: primeiro definir a mudança que se quer realizar, depois apontar os comportamentos que vão na direção oposta, em seguida apontar quais são objetivos ocultos que time está procurando atingir e, por fim, definir as premissas que estão sendo assumidas com relação ao tópico.
Capítulos 5 a 7:
Nesses capítulos foram apresentados casos reais de utilização da metodologia proposta no livro para superar a Imunidade à Mudança no nível individual (desafios ligados a delegação e equilíbrio emocional) e no nível coletivo (comunicação dentro do time).
Capítulo 8: Destravando o Potencial.
A experiência com a metodologia mostra que três ingredientes são importantes para superar a Imunidade à Mudança: estômago, cabeça + coração e mãos. Ter estômago significa ter um comprometimento real com o objetivo. Seja por acreditar que isso tem um impacto em alguém importante para si, seja por enxergar a possibilidade de atingir um outro nível de performance pessoal ou por perceber que está abaixo do seu real potencial. Cabeça + Coração significa conseguir equilibrar a decisão racional de agir com a capacidade de envolver as competências emocionais. Mãos significa trazer simultaneamente uma mudança de mindset e um conjunto específico de ações em um plano prático e efetivo.
Capítulo 9: Diagnosticando sua Própria Imunidade à Mudança.
Qualquer pessoa que queira implementar a metodologia de superação da Imunidade à Mudança em sua empresa precisa começar realizando uma mudança desafiadora para si. E a escolha do objetivo é fundamental. Deve ser um desafio que vai fazer uma grande diferença em sua performance e permitir que você seja um melhor membro da sua equipe.
Na hora de definir os comportamentos contraditórios é importante que eles sejam apontados concretamente e não de uma forma genérica e abstrata.
Além de serem comportamentos realmente estejam gerando impactos negativos na jornada rumo aos objetivos. A sinceridade no terceiro tópico (Compromissos Alternativos) deve ser total e baseada nos dois primeiros tópicos.
Identificar aquilo que tem o potencial para lhe fazer sentir mal é um caminho muito útil.
Com essas três colunas fica claro o paradoxo entre aquilo que se pretende fazer e as estratégias estabelecidas anteriormente para promover objetivos ocultos. A consciência desse paradoxo é a alma da abordagem proposta. Para finalizar, dedique-se muito seriamente para apontar as premissas que estão levando aos compromissos alternativos e sustentando a Imunidade à Mudança. É importante ter claro que tais premissas não são necessariamente contraproducentes se forem aplicadas de forma seletiva. O problema é que elas se transformam em regras invioláveis e que se repetem mesmo em momentos descabidos.
Capítulo 10: Superando a sua Imunidade à Mudança.
Para superar o paradoxo estabelecido é fundamental dar atenção contínua por tempo suficiente a superação dele. E o coração dessa abordagem é desenhar e colocar em prática testes que desafiem as premissas estabelecidas. Uma vez que as grandes premissas estejam estabelecidas, é necessário escolher aquelas que sejam os principais pilares dos compromissos competidores. Os testes devem ser: seguros (não correr riscos desnecessários), modestos (para o foco estar no aprendizado e não na situação em si), acionáveis (que possam ser colocados em prática com facilidade), e que proporcionem uma real investigação através do teste das premissas.
Capítulo 11: Trazendo à Tona a Sua Imunidade Coletiva à Mudança.
Para trabalhar um processo de reação à Imunidade à Mudança é interessante que todos os membros do time trabalhem algum aspecto individual antes. Depois o caminho é o mesmo, mas sempre promovendo a inteligência e a capacidade de decisão coletiva. Primeiro identificar o objetivo coletivo de melhoria, com base em um brainstorming e discussão que apontem algum aspecto relevante para os objetivos da equipe. Depois apontar o conjunto de comportamentos que contrariem o objetivo. Em seguida, revelar os comprometimentos competidores subjacentes. E por fim, deixar claro quais são as grandes premissas coletivas. Com base nessa jornada preparar os testes para tais premissas.
Conclusão: Seu Crescimento.
Líderes que realmente querem superar a Imunidade à Mudança em seus liderados e times devem cultivar um mindset compatível com essa postura, que estão apoiados em sete aspectos:
(1) acreditar que as pessoas continuam crescendo e se desenvolvendo por toda a vida e não apenas quando são jovens;
(2) entender que existem mudanças simplesmente técnicas e mudanças adaptativas complexas que requerem uma metodologia compatível;
(3) reconhecer e cultivar a motivação intrínseca de cada indivíduo ao crescimento;
(4) assumir que a mudança de mindset leva tempo e precisa ser estabelecida num ritmo constante;
(5) reconhecer que as mudanças estão ligadas a pensamentos e também sentimentos;
(6) reconhecer que as mudanças devem acontecer no mindset e nos comportamentos se reforçando simultaneamente;
(7) prover segurança para as pessoas correrem os riscos inerentes às mudanças.