Resumo do Livro “A Arte do Team Coaching” de Elena Aguilar
O livro “A Arte do Team Coaching” de Elena Aguilar é um guia prático para você aprender a liderar e desenvolver uma equipe. Você entenderá as tarefas administrativas que mantêm sua equipe no caminho certo e terá acesso a uma enorme variedade de ferramentas, com instruções claras. Seja o líder que une pessoas e realiza tarefas difíceis!
Preparamos por aqui um resumo para você! E se gostar, corra para a sua livraria favorita.
Introdução
Cada time é diferente por ser uma composição de pessoas diferentes articuladas de uma forma diferente, por isso o coaching de times é particularmente desafiador. Mas vale a pena cultivá-los, pois aqueles que já participaram de um time excelente podem confirmar toda a profundidade e amplitude dessa experiência, bem como de seus resultados.
Capítulo 1: Refinando a Visão.
Um time é um conjunto de pessoas que trabalha junto de forma interdependente com um propósito significativo e compartilhado. Um grande time tem três dimensões:
(1) produz algo útil, valioso e apreciado;
(2) em um processo que faz com que a colaboração aumente como resultado do trabalho conjunto;
(3) aprendendo continuamente de uma forma que não aconteceria se os membros estivessem separados.
Apesar do prazer não ser um objetivo final de uma equipe excelente, essa é uma condição essencial para o aprendizado transformador. Alguns ingredientes de um grande time são: propósito, resultado, reuniões sistemáticas, consenso sobre as decisões que devem ser tomadas, compromisso, contribuições, criatividade, colaboração, respeito, comunicação interpessoal, conflitos produtivos, processos, comprometimento e avaliação constante. É importante entender que grandes times trabalham de forma interdependente e independente simultaneamente, afinal, existem momentos em que as pessoas precisam trabalhar juntas e outras em que as pessoas precisam produzir sozinhas. Lembrando que o papel do líder na construção de um time é criar condições para que o time seja efetivo, embora ele não consiga fazer um time ser efetivo à força.
Capítulo 2: Nos Conhecendo como Líderes.
Para construir um time, uma pessoa precisa se conhecer no papel de líder. Principalmente, entender seu nível de Inteligência Emocional que se baseia em quatro competências: autoconhecimento, autogestão, consciência social e gestão de relacionamentos; competências essas que podem ser desenvolvidas quando abordadas da forma correta. Depois, é importante entender sua personalidade, reconhecendo suas preferências e aceitando sua essência para desenvolver e aplicar suas competências e pontos fortes. Para tudo isso, é importante destinar um tempo para reflexão. Outro ponto importante de atenção é sua competência cultural: a capacidade de entender a própria cultura e o impacto que ela tem em suas crenças e valores permitindo com que a pessoa entenda e aceite culturas diferentes.
Capítulo 3: Criando uma Cultura de Confiança.
Um time bem sucedido se ergue a partir de um clima de confiança entre seus membros, lembrando que confiança é função de dois elementos fundamentais: caráter e competência. Na prática um líder que queira forjar uma cultura de confiança precisa:
(1) Se conhecer profundamente;
(2) Fazer com que os membros do grupo se conheçam;
(3) Manter os compromissos e garantir que todos assim o façam;
(4) Ser transparente com relação às ações de liderança;
(5) Deixar todas as agendas claras e eliminar as agendas ocultas;
(6) Pedir feedbacks constantes;
(7) Pedir desculpas e dizer o que não sabe;
(8) Discutir regularmente os processos que o time utiliza;
(9) Cultivar uma cultura de escuta;
(10) Fazer emergir as forças e habilidades de cada membro da equipe;
(11) Celebrar os sucessos;
(12) Reconhecer as áreas onde é necessário melhorar;
(13) Reconhecer as pessoas do time;
(14) Reconhecer a si mesmo;
(15) Proporcionar interações divertidas e participar delas.
Capítulo 4: Definindo Propósito, Processo e Produto.
A alavanca fundamental que move um time é seu propósito, o motivo essencial que faz com que aquele time exista. É com base nele que seus componentes se motivam. Na prática esse propósito pode ser traduzido através de uma declaração de missão. E pode ser complementado com uma visão de um futuro estimulante. Conduzir uma sessão de discussão estruturada para definição desses elementos é papel do líder. Depois é hora de definir os valores centrais do time, os comprometimentos coletivos que guiam o comportamento. Em seguida vem a necessária compreensão do papel que cada um dos membros desempenha nesse time e os acordos de comunicação que viabiliza a relação dentro do time. Todas essas declarações institucionais e princípios de ação são conceituais e precisam ser seguidos pelo estabelecimento de objetivos e um plano de ação. É possível alterar a ordem com que cada um desses elementos citados é definido em função do desejo e estilo do time em questão.
Capítulo 5: Estabelecendo a Fundação da Confiança.
Acordos com relação as normas em uma equipe são um bom ponto de partida para uma cultura positiva. Tais normas devem ser determinadas coletivamente tendo em vista os objetivos do time e dos indivíduos. Elas devem ser poucas, memoráveis e descritas de uma forma positiva. O líder da equipe deve estruturar uma ou várias sessões com tempo suficiente para se discutir e estabelecer as normas. Todos devem entender o que elas significam na prática e não de forma abstrata, elas devem ser expostas em um local visível e deve haver um guardião do seu funcionamento que pode ou não ser o líder. Vale a pena, ainda, considerar sua revisão periódica.
Capítulo 6: Desenvolvendo a Inteligência Emocional de um Time.
A inteligência emocional de um time é um dos ingredientes que separa grandes times de times medianos. E é importante notar que mesmo time formado por indivíduos inteligentes emocionalmente, pode não ser coletivamente inteligente emocionalmente. Em um time inteligente emocionalmente os membros estão conscientes do estado de cada um e sabem lidar com tal estado. Nesses times tanto o líder quanto cada liderado estão sintonizados com a energia do grupo. Na prática, o time é capaz de trazer as emoções à superfície e entender como elas afetam o grupo. Para isso o time requer normas e rotinas que suportam comportamentos saudáveis e um facilitador que encoraja comportamentos que aumentam a capacidade de responder à situações emocionalmente desconfortáveis.
Uma prática contraproducente para a saúde emocional do time é desabafar, reclamando ou falando mal de algo ou alguém, ao invés de dedicar essa energia para resolver as questões.
Realizar fechamentos de encontros tentando encontrar padrões comportamentais e discutindo-os abertamente pode ser bastante produtivo. Algo que costuma gerar emoções negativas em um time são as mudanças inesperadas. É preciso saber lidar com as emoções de forma especial nesses momentos. O ponto de partida fundamental para um time emocionalmente saudável é um líder que sabe lidar com as próprias emoções. Uma dica prática para gerenciar as próprias emoções é prestar atenção no próprio corpo e nos sinais que ele manifesta nos momentos carregados de emoção. No início de sessões com o grupo, vale a pena criar um momento para que cada um possa prestar atenção deliberadamente nas próprias emoções e decodificá-las.
Capítulo 7: Cultivando uma Comunicação Saudável.
Existem vários desafios na construção de uma comunicação saudável em um grupo, como por exemplo as pessoas que dominam toda a conversa. Para lidar com tais desafios é importante ter em mente tanto o assunto em discussão quando as emoções dos envolvidos e levar tudo em consideração para desenvolver grandes conversas. Nessas grandes conversas as pessoas: não se interrompem, se sentem ouvidas, não se apressam em responder, cuidam da linguagem não verbal, não ficam distraídas, se permitem momentos de silêncio, complementam e constróem sobre o raciocínio umas das outras, estão conscientes de suas respostas emocionais, criam espaços para todos participarem independente do seu poder ou status. Estar atento aos padrões de comunicação de uma equipe e discuti-los é uma forma de aumentar a chance de uma boa conversa acontecer. Além disso, outras dicas são: praticar escuta ativa e escuta profunda, suportar o silêncio, usar storytelling, treinar as pessoas em linguagem, questionamento positivo e linguagem não verbal, construir um propósito compartilhado, estimular a discussão de momentos em que a energia esteja pesada, usar protocolos de comunicação, dizer o objetivo da comunicação, promover diálogos em duplas, trios, grupos maiores e com todo o time, usar um timer para gerenciar o tempo das conversas e estar consciente de quanto você, como mediador, fala. Quando for necessário dar um feedback individual, lembrar das boas práticas: o quanto antes, pedindo permissão, de forma honesta, esclarecendo a intensão, começando de forma apreciativa, sendo descritivo e específico, comunicando o impacto do comportamento da pessoa, verificando o entendimento, dizendo claramente o que você quer e reconhecendo a pessoa pela sua postura durante o feedback.
Capítulo 8: Tomando Boas Decisões.
Os momentos de tomada de decisão são centrais no relacionamento e performance de um time. E existem quatro níveis de empoderamento de um time na tomada de decisão:
(1) A liderança decide e informa o grupo;
(2) A liderança busca inputs antes de decidir;
(3) O time decide e recomenda;
(4) O time decide e age.
Quando a tomada de decisão é efetiva: todos sabem quais são os momentos de tomada de decisão, cada um entende o seu nível de influência na tomada de decisão, as pessoas certas para a decisão estão presentes, todos sabem qual é o processo utilizado, as conversas são estruturadas e objetivas, as ideias são discutidas livremente, ninguém domina as decisões, quando o processo trava as pessoas encontram formas de destravar, as discussões acabam com uma sensação de completude e clareza de próximos passos e o time discute o processo de tomada de decisão. Os processos mais comuns de tomada de decisão são: consenso, votação múltipla, acomodação, votação da maioria e decisão unilateral. O processo a ser utilizado depende do tipo e importância da decisão. E quando um time toma muitas decisões pode ser importante ter um modelo claro estabelecido para tal.
Capítulo 9: Apoiando o Aprendizado de Adultos.
O mundo muda cada vez mais rápido. E para se manter útil em um ambiente assim uma Organização precisa ser uma Organização que Aprende (Learning Organization), e para isso todos precisam estar aprendendo continuamente. Para aprender um adulto precisa:
(1) se sentir seguro;
(2) se basear nas suas experiências passadas;
(3) entender porque tem que aprender aquilo;
(4) se sentir no controle do processo de aprendizagem;
(5) praticar para internalizar;
(6) ter clareza sobre os problemas que vai resolver com o que aprendeu;
(7) querer aprender.
Os principais desafios nessa área são: desenhar um processo que esteja dentro da área proximal de desenvolvimento da pessoa (desafiador mas exequível); estruturar de uma forma que esteja baseado nos ativos (talentos e competências) que as pessoas já possuam; garantir comprometimento. E quando houver resistência: se pergunte qual o seu papel como líder nessa resistência; entenda que a resistência costuma ser uma máscara para emoções (principalmente medo); veja se a resistência não é um pedido de ajuda; seja claro no que você quer; construa uma relação de confiança; confronte o cinismo; analise se a estrutura favorece a resistência; foque nos comprometidos e não nos resistentes; entenda que algumas pessoas não são treináveis; não perca tempo lutando contra uma organização resistente pois não adianta; e saiba a diferença entre pessoas resistentes e organizações tóxicas.
Capítulo 10: Organizando Reuniões Significativas.
Nas boas reuniões: todos sabem porque estão lá e o que será feito, o mediador é organizado e está preparado, a disposição da sala favorece a interação, tudo está limpo, existe café e algo gostoso para comer, há uma agenda realista que é seguida, a reunião começa e termina na hora, há um aquecimento que não toma muito tempo, algo é feito e não apenas falado, a estrutura favorece a participação, aprende-se algo, o impacto da reunião é percebido, há um fechamento significativo com espaço para feedback ao mediador, as pessoas saem se sentindo conectadas, energizadas e esperançosas. O primeiro passo para que isso aconteça é entender a categoria em que a reunião se encaixa:
Compartilhar informações, aprender algo, resolver problemas, tomar decisões, planejar e se conectar.
Depois, deve-se estabelecer um objetivo claro e outputs desejados. E durante a reunião, algumas atividades podem alavancar os resultados, tais quais, atividades para: identificar o significado, identificar implicações, discutir um tema, dar feedbacks e construir uma cultura positiva. Essa última atividade pode estar configurada de diversas formas: dinâmicas de aquecimento, acordos e normas, cinco respirações profundas, poesia e citações, expectativas, diálogos em pares, andando e conversando, reconhecimentos (silenciosos, escritos, verbais). Na hora de decidir que atividades realizar é importante considerar: o nível de energia física e emocional dos participantes no momento do encontro, a forma como as pessoas preferem se agrupar e o estágio de desenvolvimento da equipe.
Capítulo 11: Preparando o Palco para Reuniões Incríveis.
Quando estiver preparando uma reunião, comece revendo os feedbacks do último encontro e garanta que os pontos levantados foram considerados. Prepare-se para compartilhar com a equipe os destaques positivos e negativos do feedback recebido e os envolva na utilização das ideias colocadas, já no início da sessão. Tenha uma agenda bem estruturada para o desenrolar da reunião. Para isso é importante dedicar tempo: pelo menos uma hora de preparação para cada hora de encontro. Esteja você também, como líder, preparado e com uma visão clara sobre o seu papel e a forma como quer ser percebida/o. Detalhes também devem ser planejados com cuidado: o local, o grau de luminosidade, a disposição das cadeiras, café e snacks. A ideia é preparar como se fosse uma festa para amigos queridos.
Capítulo 12: Navegando nos Conflitos.
Em uma equipe, existem conflitos saudáveis, que devem ser promovidos e conflitos não-saudáveis que precisam ser gerenciados. Uma equipe que teme e evita qualquer conflito, produz o que se chama harmonia artificial que é uma disfunção. No outro extremo estão os conflitos pessoais e maldosos, também perniciosos. Para mover um time rumo aos conflitos saudáveis é importante: desenvolver autoconhecimento individual e coletivo, mostrar para o time o valor dos conflitos saudáveis, articular uma visão compartilhar sobre o que são os bons conflitos, treinar as pessoas para se comunicarem da forma certa em um conflito positivo, cultivar a inteligência emocional, instigar e validar os bons conflitos, facilitar a resolução dos conflitos. E quando os conflitos negativos aparecem, como consequência ou causa de uma cultura tóxica o caminho é:
(1) tentar entender a cultura dentro da qual o time existe;
(2) como líder, gerenciar bem as próprias emoções;
(3) invocar e discutir as regras que o grupo definiu;
(4) identificar abertamente o conflito, o que por si só muitas vezes já encaminha a situação;
(5) decidir se vale a pena agir ou deixar as coisas se acomodarem naturalmente;
(6) resolver o conflito quando for o caso.
Se ainda assim as coisas não se acertarem algumas alternativas são: buscar um mediador para o conflito, ter uma conversa direta e dura com os envolvidos no conflito, estabelecer limites de forma objetiva e pedir o apoio dos líderes daqueles envolvidos nos conflitos. Pensando no longo prazo e na diminuição dos conflitos é importante começar a trabalhar na mudança da cultura e construir uma coalizão de formadores de opinião que impulsione as mudanças. Além do que, o líder precisa continuar se desenvolvendo para dirimir conflitos e em casos extremos, até considerar deixar a liderança do grupo em questão.
Capítulo 13: Acessando as Condições Organizacionais.
Muitos fatores afetam a capacidade de um time atingir seu potencial pleno. Entre eles estão:
(1) Propósitos claros e instigantes;
(2) Foco baseado em objetivos claros e SMARTE;
(3) Alinhamento entre níveis e departamentos;
(4) Estabilidade de pessoas no time;
(5) liderança forte e efetiva;
(6) membros competentes;
(7) cultura de aprendizado;
(8) confiança entre as pessoas;
(9) modelo de tomada de decisão;
(10) gestão do tempo.
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Referência: livro “The Art of Coaching Teams” da autora Elena Aguilar. Editora: Jossey-Bass.