Resumo do Livro “Effortless” de Greg McKeown
Veja os conselhos práticos que Greg McKeown traz para você realizar suas atividades essenciais com mais facilidade. Se você trabalha muito mas continua distante de suas metas, quer contribuir mais mas lhe falta energia, vai encontrar neste livro ótimas estratégias para lidar com seus projetos e desafios.
Preparamos por aqui um resumo para você! E se gostar, corra para a sua livraria favorita.
Introdução: Nem Tudo Precisa ser tão Difícil.
Existem momentos para trabalhar duro e momentos para descansar e recuperar. Respeitar isso nos leva a grandes resultados. Mas parece que as pessoas acabaram se acostumando a trabalhar o dobro para conseguir metade do resultado. Em grande parte porque nossa cultura glorifica o burnout como medida de sucesso e valor pessoal. Como se não estar exausto fosse sinal de fraqueza. Mas, e se ao invés de puxar a nós mesmos além do limite nos perguntássemos: qual é o caminho mais fácil? Nos concentrarmos no essencial é o primeiro passo para o bem estar produtivo. Mas e se, mesmo assim, tivermos muitas coisas essenciais para fazer?
Uma alternativa é desistir de algumas dessas coisas. Mas também é possível encontrar uma forma mais fácil de fazê-las.
Afinal, não é tudo uma questão de força de vontade, que é um recurso finito. Precisamos de uma nova forma de trabalhar e viver. Você pode fazer qualquer coisa da sua vida com menos esforço, mas não tudo. O caminho é começar fazendo as coisas essenciais um pouco menos impossíveis, depois fazê-las mais fácil, depois fácil até chegar a ser sem esforço.
Parte 1: O Estado sem Esforço.
Sob condições ótimas, nosso cérebro funciona em velocidade incrível, mas assim como o computador, quando o sobrecarregamos perdemos performance. Para atingir o estado sem esforço precisamos estar fisicamente descansados, emocionalmente equilibrados, e mentalmente energizados. Completamente presentes e atentos ao momento, focando no que é mais importante naquele momento.
Capítulo 1: Inverter.
A vida moderna criou uma falsa dicotomia entre coisas que são “essenciais e difíceis” e coisas que são “triviais e fáceis”. Assumimos que tudo que é importante é complicado. Mas se olharmos para a evolução da raça humana veremos que sua sobrevivência se deu, em grande parte, porque procuramos sempre o caminho de menor resistência. Então, para que desafiar nossa essência se podemos usar aquilo que está incrustado em nosso DNA. A pergunta chave é:
E se cada projeto essencial pudesse ser feito de uma forma fácil?
Além do que, a observação mostra que em vários momentos, tentar mais duro pode levar ao tipo de tensão que nos afasta dos melhores resultados. É claro que existem pessoas que atingiram o sucesso trabalhando cada vez mais duro e superando todas as probabilidades. Mas a pergunta é: para cada um desses, quantos fracassaram brigando contra suas essências e não foram considerados nas estatísticas?
Capítulo 2: Aproveitar.
As pessoas dizem que primeiro precisam trabalhar duro no que é essencial para depois aproveitar. E se for possível fazer o essencial ficar divertido? De forma que não só o resultado de longo prazo fosse positivo, mas que a própria execução das tarefas importantes fossem agradáveis. Mais do que isso, é importante ter em mente que trabalho e diversão não apenas podem conviver. Eles podem ser complementares e se alimentar mutuamente. Com isso podemos construir hábitos com significado, que é o que o autor chama de rituais.
Capítulo 3: Soltar.
Existem algumas coisas que podem travar nossa mente e consequentemente nossa capacidade de fazer fluir o que é importante. Uma delas é uma ideia que fez sentido em algum momento da nossa vida e que não faz mais sentido atualmente, mas que continua nos fazendo de refém. As vezes continuamos buscando essa coisa sem perceber que quando conseguirmos, ela não terá mais utilidade. Outra é o ressentimento que carregamos de situações e pessoas e que acabam consumindo nossa energia. Uma terceira coisa que nos trava é o hábito de reclamar. Algumas pessoas acreditam que reclamar alivia, quando na verdade cria um estado mental que nos faz prestar atenção em tudo o que é negativo nos levando a mais incômodos e consequentemente mais reclamações, num ciclo perverso. Ao contrário, ser grato e agradecer pelo que temos de bom nos coloca num estado mental energizado e nos atira num ciclo positivo. E quando coisas realmente negativas acontecem é importante aceitar que não temos controle sobre elas e seguir em frente da melhor maneira possível.
Capítulo 4: Descansar.
Estudos em psicologia mostram que alta performance física e mental requerem um ritmo de renovação de energia em que as pessoas conseguem se recuperar diariamente ou no máximo semanalmente. Além do que a exaustão deve ser evitada pelo alto preço de recuperação. O elemento fundamental dessa equação é bem conhecido: o sono noturno que deve ser profundo, contínuo e longo o suficiente. Quando não é assim os impactos na saúde, produtividade e aprendizado podem ser profundamente negativos. Algo que pode ajudar muito são os cochilos ao longo do dia e que têm um efeito reparador incrível, ajudando a retomar a produtividade. Em última instância as paradas para descanso entre atividades e até pausas de um minuto podem ser extremamente restauradoras.
Capítulo 5: Notar.
Existe uma diferença entre ver e observar, entre assistir e notar, entre estar e estar presente. Para que as coisas fluam com o menor esforço possível é importante desenvolver a atenção plena. A capacidade de entrar em fluxo na atividade que está realizando. E é possível treinar a mente para fazer isso através de exercícios para os músculos da atenção (como a meditação) e aplicá-lo principalmente quando nos relacionamos com outras pessoas, fazendo com que elas sintam que estamos realmente presentes, potencializando a conexão.
Parte 2: Ação sem Esforço.
Após um certo ponto, mais esforço não significa melhor performance, até um ponto em que o esforço adicional pode significar um retorno negativo.
Capítulo 6: Definir.
Quanto mais claro é o estado final que você quer atingir num projeto, maior a possibilidade de você chegar aonde queria. Muitos projetos importantes naufragam por não termos uma visão clara de onde queremos chegar. E não adianta termos uma visão inicial e mudá-la o tempo todo, pois isso acaba gerando retrabalho e travando o processo.
Capítulo 7: Começar.
Quando diante de grandes projetos, é uma boa prática definir com clareza o primeiro passo ao invés de querer definir todos os passos em detalhes, o que acaba gerando uma sensação de excesso e levando-nos a desistir. E ao invés de querer gerar o resultado final perfeito logo na primeira investida, é mais produtivo gerar um Produto Mínimo Viável, definido como “a versão de um novo produto que nos permite aprender sobre os clientes com o menor esforço possível”.
Capítulo 8: Simplificar.
Quando pensamos em simplificar processos, devemos tentar antes de tudo eliminar etapas, para depois, então, tornar tais etapas mais simples. A pergunta chave é: qual o menor número de passos requerido para completar a tarefa? E só devemos acrescentar novos passos, quando eles realmente trouxerem um valor compatível com o esforço adicionado. Isso está em linha com o manifesto ágil, que em seu 12o princípio diz que simplicidade é a capacidade de maximizar o trabalho não feito.
Capítulo 9: Progredir.
Não tente fazer tudo certo da primeira vez. A coragem para começar de forma imperfeita e aprender com os erros, evoluindo continuamente é essencial para o progresso com pouco esforço. A ideia é errar rápido e barato e evoluir continuamente a partir daí. E líderes devem encorajar os erros de um tamanho que não gere grandes perdas, mas gere muitos aprendizados. Muitas vezes isso começa com um protótipo muito básico daquilo que queremos fazer.
Capítulo 10: Ritmo.
Quando tentamos acelerar demais no início de um projeto acabamos presos em um ciclo problemático: aceleramos demais, cansamos, desaceleramos demais ou paramos, pensamos que precisamos recuperar, aceleramos novamente e com isso cansamos de novo e reiniciamos esse ciclo perverso. A experiência mostra que manter um ritmo firme, mas constante, é muito mais produtivo. Os militares americanos resumem isso dizendo que “devagar é suave e suave é rápido”. Uma boa ideia prática é estabelecer um mínimo e um máximo que nós queremos fazer a cada período de tempo para progredir continuamente.
Parte 3: Resultados sem Esforço.
Quando você faz algo que gera resultado uma vez só, você está agindo de forma linear. Quando você consegue identificar ações únicas que geram resultados contínuos, você entrou numa zona exponencial. Assim como os juros compostos as ações exponenciais se retroalimentam gerando ciclos virtuosos contínuos. Alguns exemplos de ações exponenciais são:
Aprender, ensinar, automatizar, acreditar, prevenir.
Capítulo 11: Aprender.
Quando você aprende algo que pode usar muitas vezes você está transformando seu aprendizado num instrumento de resultados exponenciais. Então é importante entender que quando você estuda princípios, você está numa zona exponencial pois princípios são conhecimentos que podem ser replicados em muitas situações. Já, aprender métodos, te permite aplicar o que foi absorvido em uma situação específica. E quando você tem a oportunidade de alavancar princípios em uma área com princípios em outras áreas, você entra numa zona de maiores resultados ainda mais exponenciais. A troca de ideias entre disciplinas alimenta o novo e transformar conhecimento convencional em algo novo é a chave para a criatividade sem esforço. Além do que, a capacidade de descobrir áreas de conhecimento em que ninguém (ou poucos) são especialistas é a chave para a construção de uma reputação sem esforço.
Capítulo 12: Elevar.
Uma estratégia poderosa para gerar impactos duradouros é ensinar as pessoas a ensinarem. Essa é uma forma de multiplicar exponencialmente uma ação. Além do que quando você ensina algo, consolida de forma especial o que aprendeu. E talvez a melhor forma de ensinar alguém é através de histórias (storytelling) que permitem manter as mensagens memoráveis e simples. Como disse A. G. Lafley, ex-CEO da P&G: não sofistique a mensagem. Não use uma abordagem que faça você parecer inteligente. Use uma mensagem direta que pode ser facilmente entendida e repetida.
Capítulo 13: Automatizar.
Quanto mais complexa uma situação, mais ela estará sujeita a erros por sobrecarregar nosso sistema cognitivo, que é muito poderoso, mas que tem um limite. Uma das melhores soluções para esse desafio é o uso de check-list, cuja beleza está na possibilidade de ser elaborado antes do momento da ação, quando todas as variáveis se movimentam e convergem sobrecarregando nosso cérebro. O check-list é uma forma de automatização, mas existem outras. Qualquer coisa que realiza uma atividade com assistência humana mínima é automatização. Inclusive os hábitos, como por exemplo bloquear uma hora do dia ou da semana para realizar uma atividade que você julgue importante, mas para a qual nunca sobra tempo.
Capítulo 14: Confiança.
A manutenção de relacionamentos humanos em qualquer circunstância exige grande energia, que cai drasticamente quando existe confiança entre as partes. Quando existe confiança, as informações são sempre expostas, os problemas discutidos de forma direta e as decisões tomadas com maior agilidade. Quando há confiança os custos caem e a velocidade aumenta. E o primeiro passo para construir uma organização onde existe confiança é contratando pessoas confiáveis, ou seja, pessoas que demonstrem ter caráter e ser competentes suficiente para entregar o que se espera delas. No dia a dia o exemplo deve vir do líder. Quando as pessoas confiam no líder e se sentem respeitadas por ele, passam a confiar mais umas nas outras e se preocupar com elas. E quando existem regras claras e um acordo social bem feito, tudo fica ainda mais fácil.
Capítulo 14: Prevenir.
A melhor forma de manter um empreendimento de qualquer natureza funcionando sem esforço é através da prevenção de problemas. Principalmente problemas recorrentes. Quase sempre a ação que elimina um problema recorrente leva mais tempo inicial para equacionar do que dar um jeito circunstancial. Por isso, muitas pessoas gastam um enorme tempo consertando as coisas várias vezes ao invés de dar um fim no problema. Mas resolver de uma vez, geralmente eliminado a causa raiz, poupa muito tempo que não é gasto em múltiplas intervenções posteriormente.
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Referência: livro “Effortless” do autor Greg McKeown. Editora: Sextante.