Competências do Futuro em Marketing
Grande parte da minha vida, trabalhei em marketing e tive a sorte e a honra de fazê-lo em algumas das empresas mais competentes do cenário corporativo nacional e internacional nessa área. Convivi com centenas de profissionais brilhantes e pude entender na prática as competências que moldam o perfil de um grande profissional do setor. E quando olho para o que está acontecendo no mercado hoje e tento vislumbrar o que será o estado da arte em marketing no futuro, não tenho dúvida de que algumas qualidades que foram relegadas a segundo plano no passado serão centrais para aqueles que quiserem prosperar doravante. Estatística, matemática, raciocínio lógico e tecnologia da informação, são alguns exemplos de conhecimentos que terão que ser dominados com grande desenvoltura pelos novas pontas de lança da mercadologia. A criatividade e capacidade de entender o comportamento do consumidor e suas emoções certamente continuarão em pauta, mas deverão estar acompanhados por novos protagonistas intelectuais na carreira dos “marqueteiros”. Seja para lidar com o chamado “big data” que hoje alimenta estatisticamente a compreensão dos clientes e do ambiente competitivo, seja para discutir com as agências digitais aspectos ligados à “mídia programática” ou ainda para refinar as previsões de venda com análises multifatoriais. As faculdades precisarão dar mais atenção a essas matérias para formar profissionais alinhados com a realidade do mercado enquanto os que já caminham nessa carreira precisarão recorrer a treinamentos e cursos de pós graduação que reforcem as novas competências. O mundo não está menos emocional e mais racional como podem pensar alguns. Está mais racional além de estar mais emocional. Estamos na era do “e” e não na era do “ou”. Alguns podem me acusar de, ao querer que os profissionais de marketing sejam tudo, condená-los a não ser nada. É possível. Mas é possível também que o perfil do profissional de marketing do futuro seja apenas mais equilibrado entre as duas dimensões do cérebro e não tão centrada nas questões subjetivas do cérebro que sente subjugando o cérebro que pensa para um segundo plano tão distante. Nesse caso um diretor ou gerente da área precisaria entender das duas vertentes, pelo menos para conversar com especialistas de ambas, de forma a entender e ser entendido.