Competitividade Real em Empresas Virtuais
Mesmo em empresas solidamente físicas será cada vez mais freqüente a existência de equipes virtuais; seja em função do crescimento da prática do Home Officing ou da existência de profissionais que trabalham em cidades ou países diferentes e que precisam atuar colaborativamente. Saber gerar resultados à distância como se estivesse perto pode se transformar em uma vantagem competitiva em breve. Afinal, trabalhar virtualmente tem potencial para gerar vários benefícios, como: diminuição de custos dos escritórios, aumento da produtividade via melhoria da qualidade de vida, economia com viagens e a montagem de equipes com profissionais excelentes que estejam fisicamente espalhadas pelo mundo. Dito assim parece simples, mas existe uma boa distância entre a teoria e a prática. Sobre esse desafio se debruçaram pesquisadores alemães da BCG e Otto Beisheim School of Management na Alemanha para nos trazer algumas conclusões interessantes que podem ser conferidas em um artigo na HSM Management desse bimestre. Considero a conclusão mais importante da pesquisa aquela que dá conta da relevância de processos bem estruturados para o bom funcionamento de uma equipe virtual. Ficou constatado que se existem processos claros com responsabilidades bem definidas o grupo flui de forma mais eficaz. Ou seja, como as pessoas estão distantes não se pode confiar que conversas no cafezinho vão acomodar os gaps nos processos. É preciso deixar tudo claro desde o princípio.
Outra conclusão muito interessante diz respeito ao tamanho da distância na eficácia do trabalho. Equipes que trabalham separadas, mas no mesmo bairro, cidade ou país tem produtividades parecidas com aquelas que estão no mesmo andar. Mas pasmem, a produtividade cai significativamente quando as pessoas estão no mesmo prédio mas em andares diferentes. O motivo: como as pessoas julgam que estão perto não fazem nenhum esforço extra para aumentar a coesão no trabalho. Por outro lado, estão separados por escadas que no dia-a-dia ganham ares de quilométricas. Com isso, acabam por ficar semanas (ou mais) sem conversar pessoalmente. E o resultado é desastroso.
A conclusão é que os executivos precisarão trabalhar próximos fisicamente ou conectados virtualmente, extraindo o máximo de cada uma dessas modalidades e atentos para as armadilhas de cada uma.
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