Desmistificando a Empatia
Por que é tão difícil praticar a empatia?
Muitos de nossos confrontos ou brigas acontecem por conta dos nossos comportamentos. Desde pequenos somos estimulados a não tentar entender o que sentimos e até mesmo a ignorar nossos sentimentos. O mais comum é ficarmos na dualidade da vítima ou opressor, inocente ou culpado, dando muita voz aos julgamentos sobre os outros e sobre nós mesmos também.
Também temos a tendência de terceirizar a responsabilidade do que é originalmente nosso ou de puxar toda a carga do outro para nós. Ou culpo o outo ou assumo tudo sozinha!
Sobre os julgamentos
Na prática, por exemplo, quando um colega de trabalho quer mais apoio, posso pensar que ele é “inseguro e dependente”. Mas isso é só meu julgamento. Porém, se sou eu que quero mais apoio, meu olhar muda e posso pensar que tenho essa necessidade (de apoio) porque meu parceiro de trabalho é muito competitivo e individualista. E, mais uma vez, isso é apenas julgamento meu.
Em resumo, “tudo é sobre outra pessoa, é por causa dela que eu não estou bem!” Isso é um absurdo, uma visão distorcida da realidade. Infelizmente, muito comum!
Trocando de lente
Por outro lado, quando focamos no outro, pelas lentes da Comunicação Não Violenta, aprendemos a olhar as situações por outros ângulos, sem rótulos, sem buscar culpados. Ficamos mais atentos ao não dito, ao que está por trás das atitudes e palavras. Damos vez e voz às necessidades para que elas possam ser vistas, consideradas e atendidas.
Sobre autoresponsabilidade e a empatia
Individualmente, dessa forma, quando percebo que cometi um erro, não fico me cobrando, me punindo, não fico me apegando ao erro. Assumo que errei? Sim! E vou arcar com as consequências disso, mas com consciência e autorresponsabilidade. Agindo assim, consigo também perceber meus acertos, não só minhas falhas. Isso me traz equilíbrio.
Quando conseguimos vivenciar esses momentos de autoempatia fica mais fácil também sermos empáticos com as outras pessoas. Este é um pré-requisito para enxergar o ser humano que está vivendo ali, acertando e errando assim como eu.
E você?
Em situações como essas, onde você se coloca?
Fica no apego aos seus julgamentos? Ou tenta fazer algo prático para buscar soluções??
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