Efeitos especiais: andar para trás ou andar para frente?
Durante nossa caminhada profissional nos deparamos com cruzamentos e difíceis decisões. Temos de enfrentá-las para continuar seguindo em frente pelo caminho que escolhemos. Obviamente que algumas escolhas são mais fáceis que outras, e algumas muito difíceis de serem tomadas.
As decisões e escolhas mais difíceis que tomamos são, na minha opinião, aquelas em que temos que “andar pra trás” com o intuito de “andar pra frente” depois. São aquelas em que literalmente damos um passo atrás para podermos dar três à frente. Por mais que tenhamos idéia e até alguma certeza dos benefícios futuros, o “andar pra trás” sempre incomoda o ser humano.
Como um grande apaixonado por cinema, acredito que essa indústria tomou essa decisão há alguns anos atrás. Quando falo isso, estou me referindo aos efeitos especiais. Quando decidiram implementar os efeitos visuais através de computação gráfica, a qualidade caiu e caiu muito. Achei muito interessante o vídeo que mostra a monstruosa evolução dos efeitos visuais até meados dos anos 90 com “O Exterminador do Futuro”, “Matrix” (que não sei o porque de não estar no vídeo) e “Jurassic Park”. Depois disso, as seqüências de “Matrix” e de “Jurassic Park” não conseguiram manter o mesmo nível de realismo dos primeiros filmes (basta lembrar do Neo-Homem-Borracha que mais parece desenho animado em “Matrix Reloaded”). Muita gente, e me incluo nessa lista, prefere os efeitos visuais das maquetes de George Lucas na primeira série de “Star Wars” do que da segunda.
Porém, como disse anteriormente, acredito que indústria do cinema está dando um passo atrás, para que possa dar três pra frente no futuro. Uma decisão difícil, mas sempre a mais inteligente.