Resumo do Livro “Edge” de Laura Huang
Um famoso professor da Harvard Business School mostra que o sucesso é ganhar uma vantagem: aquela qualidade indescritível que atrai atenção e apoio. Algumas pessoas parecem tê-la naturalmente. Agora, Huang ensina o resto de nós como criar nossa própria e mantê-la afiado.
Preparamos por aqui um resumo para você! E se gostar, corra para a sua livraria favorita.
Introdução
As outras pessoas têm suas percepções sobe nós. Certas ou Erradas. Quando entendemos o poder que essas percepções têm e aprendemos a usá-las a nosso favor, criamos uma vantagem, baseada no nosso jeito de ser e abrimos portas para nós mesmos ao invés de esperar que alguém mais faça isso por nós. Algumas vezes, nossas características podem ser vistas como adversidades, mas a ideia é que, mesmo essas, podem ser transformadas em vantagens. É possível aproveitar sua personalidade e seus pontos fortes, e até seus pontos fracos para criar uma vantagem única. Para fazer isso, o caminho passa pela compreensão de quatro grandes capacidades: (1) de gerar valor para o outro (Enrich); (2) de criar a oportunidade para poder gerar valor (Delight); (3) de gerenciar a sua autopercepção e a percepção do outro sobre você (Guide); (4) de trabalhar duro na direção certa (Effort).
Parte 1: Sobre Como Gerar Valor:
Capítulo 1: Trabalho Duro, mas não só.
Aprendemos desde cedo que se trabalharmos duro, conseguiremos aquilo que queremos. Mas todos conhecemos pessoas extremamente dedicadas que não chegaram lá. Para obter resultados é fundamental colocar a energia na direção certa. E um dos componentes dessa direção é a capacidade de entender o impacto que a percepção das outras pessoas têm sobre nós. Percepções fortemente influenciadas pelo sistema mental de funcionamento automático dos seres humanos e que acaba gerando um sistema social enviesado, muitas vezes nos atrapalhando. É claro que precisamos lutar contra o sistema quando ele age de forma preconceituosa, mas precisamos ter consciência de que o sistema não mudará de uma hora para outra, e que portanto, enquanto lutamos para mudar o sistema, precisamos entender o jogo como ele é jogado e aprender como usar suas características a nosso favor, posicionando nossas “velas” para que o vento nos impulsione na direção que queremos. Princípio 1: trabalho duro deveria ser suficiente, mas não é.
Capítulo 2: Seus Ativos Básicos.
Para trazer uma vantagem para você, sua equipe e sua organização é necessário focar em dois componentes: (1) ser capaz de gerar valor para alguém; (2) garantir que as outras pessoas percebam esse valor. E a melhor maneira de conseguir isso é através da sua essência. Você não precisa (e não vai conseguir) ser bom em tudo. Basta entender aquilo no que você é naturalmente melhor e focar aí. Para complementar conheça suas fraquezas e evite caminhos em que elas sejam competências fundamentais. Princípio 2: Não é sobre tentar ser tudo. Seus ativos básicos lhe darão tudo.
Capítulo 3: Reconhecimento do Incongruente.
Tentar fazer aquilo que todos fazem gera rendimentos decrescentes pelo acúmulo de competição ao redor de posicionamentos semelhantes. Buscar suas vantagens naturais e únicas é muito mais produtivo. Muitas vezes o melhor caminho é andar na contra mão ao invés de seguir a manada. Princípio 3: para usar seus ativos básicos de formas diferentes, vá onde os outros não vão.
Capítulo 4: O Valor das Restrições.
Restrições também podem ser fontes de oportunidades para descobrir e aplicar nossos pontos fortes de forma a criar valor. Para isso é preciso cultivar um modelo mental que enxerga uma dificuldade como um ponto de alavancagem. E muitas vezes o caminho é subverter a lógica e ao invés de procurar um problema para resolver criando valor com isso; partir dos valores que você consegue criar e se perguntar: que problemas eles podem resolver. Princípio 4: Abrace as restrições. Restrições oferecem oportunidades.
Capítulo 5: Afie sua Intuição e Aquilo que Você Traz para a Mesa.
Existe uma crença de que as decisões no mundo empresarial devem ser sempre lógicas e racionais. Mas cada vez mais fica claro que aqueles que sabem usar a intuição podem colher bons frutos. Intuição é simplesmente a combinação da sua experiência e sua capacidade única de fazer conexões não lineares e não incrementais em busca de soluções fascinantes. É uma forma de pensar exponencialmente ao invés de pensar linearmente. Muitas vezes isso significa usar o conceito de bricolagem. Olhar para o que você tem em mãos e articular esse conjunto de elementos de uma forma inovadora e improvisada gerando algo realmente especial. O que atrapalha esse raciocínio exponencial é pensar de forma restritiva com relação aos problemas, definindo-os de forma muito estreita ao invés de pensar nos objetivos mais amplos. Princípio 5: Seu poder de discernimento vem de acreditar em sua intuição e suas experiências.
Parte 2: Sobre como Encantar.
Capítulo 6: O Poder do Inesperado.
Um dos aspectos que abre portas para que possamos gerar valor é a capacidade de surpreender, através do inesperado, muitas vezes lançando mão do humor, que tem uma enorme capacidade de fazer as pessoas prestarem a atenção. Outra coisa surpreendente é a autenticidade, quando você busca o seu jeito de fazer as coisas, baseado na sua essência, você chama a atenção. Princípio 6: Antes das pessoas deixarem você entrar elas precisarão ser surpreendidas.
Capítulo 7: Improviso Reflexivo.
Você surpreende com muito mais impacto quando a situação parece acidental e improvisada, mas isso não significa que devemos deixar tudo ao acaso. Devemos nos preparar conhecendo o contexto e os elementos que estarão presentes numa dada situação e mantendo um equilíbrio saudável entre preparação e espontaneidade. Quando exageramos na preparação corremos o risco de ficar artificiais e frios. Por outro lado, sem preparação nem conseguimos perceber as oportunidades que se apresentam. Princípio 7: Não planeje demais. Esteja atento às oportunidades de surpreender.
Capítulo 8: Afiando a Capacidade de Surpreender no Momento.
O verdadeiro encantamento só existe com autenticidade, sinceridade e honestidade. E o seu papel é estar atento ao momento e deixar fluir naturalmente seus talentos e competências centrais. E com isso criar espaço para mostrar que você pode criar valor. Por isso, valorize quem você é, e sinta-se confortável mostrando-se da forma mais franca possível. Princípio 8: Seja autêntico e deixe o encantamento ocorrer no momento.
Parte 3: Sobre como Guiar a Percepção do Outro
Capítulo 9: Todas as Formas pelas quais Seu Diamante Brilha.
Não só você precisa conseguir abrir as portas para mostrar seu valor e efetivamente ter um valor para oferecer, mas você também precisa trabalhar o outro para que ele realmente perceba o valor que você aporta. E para fazer isso, o ponto de partida é conhecer-se em toda sua complexidade, entendendo, inclusive como aspectos circunstanciais influenciam o seu comportamento e tendo em mente, de que forma a percepção do outro afeta a forma como você se vê. Considerando essa dimensão, mas sem deixar que a percepção do outro funcione como um limitador. O grande desafio é, simultaneamente considerar a percepção do outro sem deixar que ela lhe guie, mas entendendo que ela terá um grande impacto na sua trajetória, e ainda sim mantendo-se fiel à sua própria essência. Essência essa que lhe permitirá chegar aonde você quer da sua forma, pois existem muitos caminhos que podem lhe levar ao seu objetivo, e embora outras pessoas possam ter seguido um determinado caminho, não significa que esse caminho vá funcionar para você. Princípio 9: Ser você mesmo significa direcionar os outros para que vejam a gloriosa versão de si mesmo.
Capítulo 10: Transformando Vieses e Estereótipos a seu Favor.
Faz parte da natureza biológica do ser-humano perceber o outro através de estereótipos. Então, todos nós seremos julgados através deles, com impactos positivos e negativos dependendo das circunstâncias. E ao invés de tentar conviver com eles ou ignorá-los, nós devemos entendê-los, assumir que eles existem e aprender como guiar as pessoas para que os interpretem da maneira como nós queremos que eles sejam interpretados. Nós podemos, simultaneamente, reconhecer o julgamento injusto que estamos recebendo e guiar as pessoas para que vejam aquilo que nós queremos que elas vejam. E os estudos mostram que a maneira mais efetiva de fazer isso não é afrontando diretamente quem apresenta esse viés, o que leva ao reforço do estereótipo, mas trazendo elementos que façam ruir o estereótipo, de forma não reativa, a partir de evidências de qualidades que façam emergir a percepção que você quer. Princípio 10: Entenda como os outros lhe veem, de forma que você possa redirecioná-los a vê-lo como você quer ser visto.
Capítulo 11: Enquadrando Percepções e Atribuições do seu Jeito.
Criar uma vantagem em qualquer situação requer uma perspectiva pessoal e personalização. Nós temos que encontrar nossos próprios caminhos, e não seguir o caminho que os outros percorreram. Até porque as outras pessoas não sabem exatamente o que esperam de nós. Então, precisamos ajudar, intencionalmente, os outros a nos enquadrarem da forma como queremos que eles nos enquadrem. Isso passa por começar sendo, autenticamente, quem você é, mas posicionando essa essência de forma que os outros lhe vejam por uma perspectiva que contribua para o atingimento dos seus objetivos. Princípio 11: Direcione o olhar dos outros para que aquilo que está dentro de você esteja em consonância com o mundo que lhe cerca.
Capítulo 12: Você Precisa de Pelo Menos Dois Pontos para Criar uma Trajetória.
As pessoas não vão julgar você apenas como indivíduo, mas também pelo seu caminho, sua trajetória: de onde você está vindo e para onde elas pensam que você vai. E se você não construir a narrativa que você quer que elas vejam, e não guiá-las por essa narrativa, elas imaginarão coisas a seu respeito e construirão a narrativa delas sobre você. E o pior é que muitas vezes nós seguimos a trajetória que as outras pessoas constróem para nós. Então, assumir o controle pela sua narrativa e fazer com que os outros a vejam como você quer, é o grande objetivo. E para fazer isso você vai precisar de clareza sobre dois pontos: de onde você está vindo e aonde você vai chegar. E é muito importante que você não se lamente com relação ao lugar de onde você está vindo, mas o entenda como a fonte da sua unicidade e daquilo que lhe faz diferente e especial. É fundamental que você consiga extrair dele os ingredientes que você precisa como plataforma para alcançar os seus objetivos. Além do que, você precisa conseguir fazer as outras pessoas visualizarem a rota que você vai percorrer para chegar onde você quer chegar. Princípio 12: Não é sobre a sua origem, mas sobre o seu destino. Guie a forma como os outros veem a sua trajetória.
Parte 4: Sobre o Esforço.
Capítulo 13: Reforçando sua Vantagem.
Quando você for capaz de criar uma forma de gerar valor, conseguir abrir as portas dos lugares onde esse seu valor pode realmente ser útil e tiver condições de fazer as pessoas perceberem esse valor, aí sim, todo o esforço que você fizer levará a resultados efetivos. Afinal, o esforço é uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo em que ele é a potencial fundação do seu sucesso ele pode ser, também, fonte de muita frustração se você trabalhar duro e não vir o resultado chegar. Nesses casos você pode ficar cego e enxergar apenas vieses, preconceitos e desvantagens o que pode lhe levar à paralisação. Por outro lado, se você conseguir construir sua vantagem o esforço será um grande aliado, que lhe permitirá transformar, inclusive, seus desafios em um poderoso ativo. Princípio 13: Transforme a adversidade em vantagem.
Referência: Livro “Edge” de Laura Huang. Editora: Piatkus Books.