Melindres na Avaliação dos Participantes de Treinamentos
Minhas experiências como executivo e consultor me dizem que, com pressão demais as pessoas se sentem incomodadas e perdem produtividade. Essa mesma experiência me mostrou que a ausência total de pressão, gera acomodação e as pessoas ficam longe de entregar o seu melhor. Acredito que uma pitada de tensão tempera o comportamento gerando posturas eficazes.
Sugiro que esse raciocínio se aplique aos treinamentos. A prática reinante atualmente é: as empresas fazem investimentos em treinamentos e não cobram o mais elementar retorno dos seus colaboradores. Elas não se certificam que as pessoas tenham prestado atenção e se dedicado a apreender o que foi discutido no treinamento. Existe um receio de que, ao aplicar algum instrumento de avaliação, as empresas estejam infantilizando a relação com os colaboradores e os sujeitando a algum tipo de humilhação.
Não entendo dessa forma. E nas conversas que tive com profissionais da área de treinamento de empresas europeias e americanas no último congresso nos Estados Unidos, percebi que eles também não. Em um painel, um executivo inglês me disse: “custa caro investir em treinamento e a empresa tem o direito de saber se as pessoas se dedicaram o mínimo para entender o que foi dito”.
Complemento dizendo que o objetivo não é fazer com que o conhecimento transmitido seja aceito sem crítica. Ele pode e deve ser questionado. O fato é que se alguém não entender o que foi dito, não conseguirá criticar nem debater. Nesse caso os escassos recursos da empresa terão sido mal usados.