Mérito Coletivo ou Individual?
Um dilema que aflige as empresas atualmente, e que tem levantado discussões interessantes em nossos treinamentos de Gestão de Pessoas é: premiar o mérito de indivíduos ou equipes? É muito fácil cair na armadilha simplista de defender uma das duas alternativas como inquestionavelmente certa, ignorando a complexidade do tema. Dentro de uma perspectiva humanista – e até politicamente correta – recompensar em time faz muito mais sentido, e muitos têm apontado a competição entre as pessoas como fator de isolamento e individualização. Verdade, mas também é fato que quando o foco sai totalmente da pessoa e vai para o time, muitos relaxam demais por acreditar que sua participação terá pouco impacto no resultado (quem quiser entender mais sobre isso pode recorrer aos estudos do psicólogo alemão Max Ringelmann sobre “folga social” ou estudar o fenômeno chamado “tragédia dos comuns”). Por outro lado, a tentação de simplificar e achar que só em um ambiente de competição aberta as pessoas conseguem entregar o seu melhor, leva um líder a ignorar os benefícios do espirito de grupo e os malefícios do stress constante pelo confronto com os pares.
As experiências bem sucedidas que temos discutidos nos treinamentos passam por uma ênfase maior no mérito coletivo, mas com alguma forma de mensagem para cada pessoa de que a empresa está atenta ao desempenho individual.