Motivação Além do Dinheiro
A Mc Kinsey acabou de realizar uma pesquisa em que constata a diminuição do uso de incentivos financeiros nas empresas. O motivo é obvio: as dificuldades econômicas apertaram o caixa e a fonte de prêmios materiais secou. O curioso é que esse tipo de atitude pode gerar um ciclo perverso: crise gera corte nos incentivos, que gera menos motivação, que gera menos resultado que acentua a crise. E por aí vamos.
Mas pode não ser o fim do mundo se as empresas souberem trabalhar os motivadores não monetários. Segundo essa mesma pesquisa as três maiores alavancas não-financeiras de desempenho são:
- Elogio do chefe: auto-explicativo, mas muito pouco usado. Como as pessoas economizam elogios – cabíveis, enfatizo!
- Atenção por parte dos líderes: reuniões da gerência sênior com os colaboradores, por exemplo.
- Oportunidades para liderar novos projetos: gera valor para o colaborador em uma moeda muito valorizada, o aprendizado.
O mais interessante é que há fortes indicadores de que essas posturas são mais eficazes que os incentivos financeiros, o que temos destacado com freqüência nos nossos treinamentos em liderança.
Se é assim, porque as empresas não usam mais tais ferramentas? Porque não estamos falando de algo que acontece a partir de uma ordem do presidente. É preciso uma atitude de liderança alinhada com tais práticas. É uma questão cultural que evolui muito lentamente através de incentivos, treinamento e exemplos vindos de cima.
As empresas que cultivam tais atitudes podem contar com profissionais mais motivados e com um turn over menor, o que convenhamos, pode se transformar em uma vantagem competitiva, principalmente no setor de serviços.