Psicologia Positiva: saiba como ela pode ajudar a sua equipe
Talvez algumas pessoas pensem que o tema Psicologia Positiva está relacionado apenas à felicidade e ao bem-estar, certo? Mas a verdade é que olhar o ser humano sob essa perspectiva é, também, uma forma eficaz de conseguir melhores resultados no trabalho em equipe, o que gera um efeito poderoso na empresa como um todo.
Neste post, vamos mostrar os detalhes dessa abordagem e contar por que ela pode fazer a diferença no ambiente corporativo. Vamos lá?
Uma mudança de paradigma em curso
Durante muito tempo, a principal preocupação da Psicologia foi socorrer as pessoas que sofriam de algum tipo de disfunção em sua psiquê. E isso gerou uma boa evolução na compreensão e no tratamento de situações ligadas a quadros como depressão, distimia, neuroses e psicoses. O que é muito importante, é claro, na medida em que aliviar o sofrimento é, antes de tudo, uma questão de humanidade.
Mas em meados do século XX, alguns pioneiros começaram a questionar se também não seria de responsabilidade da Psicologia ajudar também as pessoas que não estavam emocionalmente “adoecidas” em suas buscas por vidas plenas e felizes. Donald Clifton, Abraham Maslow, Albert Bandura e Mihaly Csikszentmihalyi trouxeram reflexões sobre o tema, as quais culminaram com a abordagem aqui proposta, a Psicologia Positiva.
Mais recentemente, Martin Seligman cunhou esse termo e organizou o seu conceito, quando assumiu a presidência da Sociedade Americana de Psicologia. Segundo ele, a felicidade deve ser cultivada diariamente, a partir de uma visão mais positiva da vida.
A difusão desse novo pensamento começou a deixar claro para as organizações que aquelas empresas que cultivam uma cultura com essa leitura de mundo conseguem melhores performances individuais e coletivas.
A relação entre o sucesso e a felicidade
Surfando nessa onda, Tal Ben-Shahar, professor de Harvard, realizou estudos, criou um curso e escreveu um livro estabelecendo uma clara relação entre a felicidade e o sucesso.
Membro da mesma equipe, Shawn Achor escreveu o livro O Jeito Harvard de Ser Feliz, no qual defende que aquilo que se pensava ser a causa é, de fato, a consequência. “É a felicidade que impulsiona o sucesso, e não o contrário”, diz ele.
A ideia é que, quando somos positivos, o nosso cérebro se envolve mais, tornando-se mais criativo, motivado, energizado, resiliente e produtivo no trabalho.
O impacto da Psicologia Positiva nas pessoas
O raciocínio apresentado até agora parece bastante sensato. Mas existem indicadores mais objetivos de que não se trata apenas de teoria? Sim! Abundantes. Um deles, vem de uma pesquisa da Gallup, que aponta que pessoas que se concentram no uso daquilo que têm de melhor são três vezes mais propensas a afirmar que têm uma excelente qualidade de vida.
E aí está apenas o ponto de partida. Afinal, a mesma pesquisa indica que essas pessoas são seis vezes mais propensas a serem engajadas no trabalho. E considerando que a definição de engajamento da Gallup significa um comprometimento psicológico com a organização, fica evidente o impacto gerado. Isso se traduz, ainda segundo o estudo, em uma elevação de 12,5% na produtividade das pessoas.
O impacto da Psicologia Positiva nas equipes
Quando uma pessoa entende o benefício de olhar de maneira positiva para as situações, principalmente para aquilo que ela tem de melhor, os resultados já são sensíveis. Imagine quando isso é reforçado pelo apoio dos colegas? Vá além e vislumbre a situação de um modo que todos sejam vistos e as capacidades de cada pessoa seja valorizada sistematicamente dentro de uma área.
O primeiro efeito é uma melhora significativa do clima e um consequente engajamento coletivo. Vamos combinar, é muito melhor trabalhar onde todos reconhecem seus pontos fortes, em vez de ficar pisando em suas fraquezas. Isso não significa que os pontos fracos sejam ignorados, mas que eles não são tratados como prioridades. Melhor ainda se eles forem gerenciados tendo como alavanca os próprios pontos fortes.
Além da melhoria de impacto no engajamento, entender os talentos dos colegas leva à consciência das ferramentas que cada um “manuseia” melhor, com uma consequente divisão adequada de atividades.
Assim, as pessoas têm mais oportunidades de conseguir alta performance. E se cada um entra em seu estado de excelência, a chance de o time seguir o mesmo caminho é grande. Principalmente se essa excelência é entendida pelos colegas, o que leva a uma atuação mais coesa e consistente do ponto de vista sistêmico.
O impacto da Psicologia Positiva nas empresas
Quando essa maneira de enxergar o ser humano e suas competências transcende uma área e se espalha por toda a organização, estabelecendo uma cultura de valorização e foco naquilo que cada membro da empresa tem de melhor, o resultado ganha dimensões exponenciais. Não apenas cada pessoa passa a ser entendida pelas suas virtudes, mas cada área é vista como portadora de contribuições específicas e únicas para a estratégia global.
Mais uma vez, a energia, traduzida pelo nível de engajamento individual e coletivo, eleva-se a níveis inspiradores. E o desenvolvimento das competências flui num ritmo muito mais intenso, já que tem o poder da alavanca, isto é, a maior capacidade de aprender aquilo para o que um profissional tem vocação.
Psicologia Positiva na prática
Para quem quer incorporar essa filosofia e as práticas decorrentes em sua organização, os seguintes passos podem ser importantes:
- Obter o apoio da alta liderança. Se o exemplo não vier do topo, o projeto corre o risco de não se desenvolver;
- Oferecer uma ferramenta de autoconhecimento — como o assessment CliftonStrenghts, para que todos possam se apropriar das próprias virtudes e dos próprios talentos e, ao mesmo tempo, legitimar essas qualidades diante dos colegas;
- Preparar a liderança — principalmente a de primeira linha — para que saiba liderar a partir dessa perspectiva;
- Capacitar os colaboradores da empresa para que entendam a mudança de paradigma e seus benefícios e consigam como colocar a abordagem em prática;
- Oferecer um programa de coaching com especialistas nesse tipo de abordagem (de valorização daquilo que se tem de bom), para catalisar a efetiva aplicação;
- Incorporar práticas baseadas nessa filosofia em todos os processos humanos da organização, como, por exemplo, atração de talentos, recrutamento, seleção, integração, treinamento, gerenciamento, recompensa, feedbacks, avaliação e desligamento.
Para concluir
Além de algo intrinsecamente bom, a abordagem da Psicologia Positiva vem se mostrando bastante efetiva na busca da excelência de indivíduos, times e organizações. Mudar o paradigma reinante, de foco nos gaps humanos, para se apoiar naquilo que cada um tem de melhor exige passos específicos e persistência, mas os resultados valem muito a pena.
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