Qual a Idade da sua Empresa?
O que é uma empresa velha? Será que é aquela que tem muito tempo de vida? E uma empresa jovem? Aquela que nasceu há pouco tempo? Talvez do ponto de vista cronológico faça sentido associar a juventude e senilidade de uma organização ao seu tempo de existência. Mas do ponto de vista da gestão e dos seus objetivos, esse modelo parece pouco útil. Afinal, existem empresas seculares que se comportam como jovens vigorosos enquanto outras que mal colocaram o pé na estrada agem de forma absolutamente envelhecida.
Uma alternativa é pensar sobre o tema a partir de dois grandes pilares que regem o “estilo de vida” de uma empresa: flexibilidade e controle. A flexibilidade é a capacidade de mudar de direção rapidamente e alterar seus hábitos em função de exigências ambientais. Está ligada com a capacidade de ser eficaz, ou seja, fazer a coisa certa para cada momento. O controle é a capacidade de manter a estabilidade interna através da repetição de processos que evitam o desperdício de energia. Está ligado à eficiência, que significa fazer a coisa do jeito certo.
Em uma empresa muito jovem a tendência é alta flexibilidade com baixo controle. É como uma criança que consegue beijar o próprio pé, mas que faz xixi na cama. Uma organização assim reage rapidamente às demandas e muda tudo para aproveitar uma oportunidade inesperada. Por outro lado, gasta uma energia imensa com essas mudanças e com facilidade perde o foco atirando para todo o lado.
No outro extremo temos uma empresa velha. É como um vovozinho que não abre mão de fazer todos os dias as mesmas coisas no mesmo horário e mal consegue alcançar o próprio joelho. Uma corporação com esse perfil é burocrática e só faz aquilo que está previsto nas regras, abrindo mão de oportunidades preciosas por pura falta de disposição de mudar. Por outro lado, tem controle total sobre suas operações, não desperdiça energia e tem um grande foco em suas atividades centrais.
Não é necessária uma grande reflexão para concluir que são dois caminhos desaconselháveis. O equilíbrio é o mais adequado. A empresa equilibrada é o que podemos chamar de jovem adulta. Tem vigor e flexibilidade com controle suficiente. Sem exagero. Consegue desviar o caminho para aproveitar oportunidades, mas não perde o foco. Tem energia empreendedora, mas não desperdiça. Sabe para onde está indo.
O papel de um gestor é manter a corporação jovem, conduzindo-a para o amadurecimento quando é muito jovem e retardando (ou até retroagindo) seu envelhecimento quando passou do ponto. Isso é impossível quando falamos de vidas humanas, mas não quando falamos de empresas. A dose certa de flexibilidade e controle podem funcionar como a fonte da juventude. Tão fantasiosa para as pessoas, mas absolutamente possível para as organizações.
E sua empresa: tem conseguido se manter jovem, evitando as armadilhas da infância e da senilidade?
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