Resumo do Livro “Essencialismo” de Greg McKeown
O Livro “Essencialismo” nos traz um método para identificar o que é vital, eliminando-se todo o resto, indo além de uma estratégia de gestão do tempo. É preciso eliminar o que não é essencial e se livrar de desperdícios de tempo. Quando realizamos tarefas que não aproveitam nossos talentos e assumimos compromissos só para agradar aos outros, abrimos mão do nosso poder de escolha.
Preparamos por aqui um resumo para você! E se gostar, corra para a sua livraria favorita.
Capítulo 1: O Essencialista.
O caminho do Essencialista é o da perseguição incansável de menos e melhor. Não, ocasionalmente abrir mão de algumas coisas, mas fazer isso de forma sistemática e disciplinada. Sempre perguntando: estou investindo nas atividades certas? Essencialismo não é sobre fazer mais coisas; é sobre como garantir que as coisas certas sejam feitas. Distinguir os poucos vitais dos muito triviais. Os principais desafios nesse sentido são: o excesso de alternativas, a grande pressão social para você dizer sim e a falsa ideia de que você pode ter tudo. O primeiro passo nesse sentido é ter uma visão clara da própria missão e objetivos e depois escolher, intencionalmente, focar as energias naquilo que tenha relação com essa visão. Na prática isso acontece através de três passos:
(1) Explorar a realidade, separando os muito triviais dos poucos vitais;
(2) Eliminar, cortando os muito triviais;
(3) Executar, removendo as barreiras e fazendo a execução sem esforço.
Parte 1: A Essência.
A primeira pergunta é: qual o mindset central de um Essencialista?
Capítulo 2: Escolha.
Todos nós temos a capacidade de escolher, mas acabamos nos esquecendo disso e deixamos as circunstâncias nos levar ou queremos escolher tudo, o que acaba tendo o mesmo efeito: o da não escolha. O Essencialista sabe que quando abre mão do direito de escolher, ele dá aos outros não apenas o poder, mas a permissão para que escolham por ele.
Capítulo 3: Discernimento.
Nós fomos ensinados desde cedo que trabalho duro é o que produz resultados. Mas apesar de dedicação ser importante, a dedicação no lugar certo é que traz os resultados. E em praticamente toda situação existem poucas coisas importantes que trazem grandes resultados e muitas coisas irrelevantes que consomem energia, mas não trazem resultados, como nos ensinou Vilfredo Pareto com sua lei 80/20. Identificar esses pontos de alta alavancagem e agir sobre eles é o que leva ao atingimento dos objetivos de pessoas e organizações. Mas para conseguir identificar o que tem a capacidade de fazer a diferença, o Essencialista precisa se dedicar mais ao discernimento.
Capítulo 4: Trocas.
A Southwest Airlines vem sendo um grande sucesso entre as companhias aéreas com um nível surpreendente de rentabilidade porque teve a coragem de fazer escolhas, abrindo mão de coisas que todas as outras empresas da área fazem para se manter fiel à sua estratégia, que em última instância é simplesmente um conjunto de escolhas coerentes. E fazer escolhas é realmente difícil porque elas dizem respeito a duas ou mais coisas que queremos simultaneamente.
Parte 2: Explorar.
A Segunda pergunta central é: como nós podemos separar os muitos triviais dos poucos vitais?
Os Essencialistas não se ocupam com todas as oportunidades, mas buscam explorar o poder do menos. Para isso é essencial se permitir o espaço para pensar, tempo para observar e ouvir, permissão para brincar, sabedoria para dormir, e disciplina para aplicar critérios altamente seletivos.
Capítulo 5: Escapar.
A maioria das pessoas está ocupada demais para pensar, enquanto o Essencialista tem consciência de que precisa criar espaço para refletir, explorar as possibilidades e fazer boas escolhas. Como fez Isaac Newton que se isolou por dois anos e produziu o trabalho que moldou o pensamento científico pelos trezentos anos seguintes. Para podermos nos concentrar no que é essencial, precisamos de um tempo e lugar livre de distrações e que nos permitam simplesmente pensar, o que tem sido cada vez mais difícil nessa era hiperconectada na qual nem sabemos mais o que é estar entediado.
Capítulo 6: Olhar.
Nesse mundo que nos bombardeia continuamente com informações de todos os lados, conseguir separar a informação do ruído é uma competência fundamental. Aqueles que querem absorver tudo ao seu redor acabam entupidos, enquanto aqueles que fazem boas escolhas sobre o que levar em consideração ganham maior condição de ter um bom discernimento. Uma ideia nesse sentido é escrever diariamente um jornal com o que aconteceu de mais importante no seu dia a dia e ler de forma seletiva uma vez por semana.
Capítulo 7: Brincar.
Brincar é fazer qualquer coisa pelo simples prazer de fazer. E os estudos mostram que atividades assim têm grande impacto na saúde, nos relacionamentos, na educação e na capacidade das organizações inovarem. Quando brincamos, abrimos nossa mente e ganhamos novas perspectivas, diminuímos a probabilidade de nos estressarmos e fortalecemos as funções executivas da mente. Uma pista de como introduzir mais brincadeiras em nossas vidas é nos perguntarmos: o que nos divertia quando criança? Como podemos re-criar isso hoje?
Capítulo 8: Dormir.
O ativo mais importante que temos para atingir nossos objetivos somos nós mesmos. E uma das maneiras mais simples de prejudicar esse ativo é através da falta de sono. Quem quer trabalhar muito e chegar longe precisa começar dormindo bem. O sono é um dos principais direcionados de alta performance. Para seguir esse caminho o primeiro passo é parar de acreditar que se você dormir menos vai realizar mais. Quando estamos realmente descansados, nosso cérebro funciona muito melhor. Particularmente a área do cérebro responsável por análise e tomada de decisão.
Capítulo 9: Selecionar.
Ao invés de nos contentarmos em escolher coisas suficientemente boas deveríamos nos habituar a não acolher em nossas vidas nada que não seja no mínimo nota 9. Nesse sentido, é preciso parar de achar que tudo é uma grande oportunidade e entender que um ingrediente fundamental para uma vida saudável e próspera é dizer não para a grande maioria das coisas. Então, tudo que não se caracterizar como um claro sim, deve receber um não. E ao escolher aquilo que vai fazer, usar três perguntas: Eu gosto? Tem a ver com meus talentos? Traz alguma contribuição para o mundo?
Parte 3: Eliminar.
A pergunta que guia os próximos capítulos é: como nós podemos eliminar os muito triviais?
Então, depois de explorar é importante aprender a dizer não para a maior parte das coisas.
Capítulo 10: Esclarecer.
O ponto de partida para boas escolhas é a clareza de propósito e objetivos. Numa organização, quando isso não está claro, ou as pessoas passam a fazer escolhas buscando agradar aqueles que lhes interessam politicamente como, por exemplo, o chefe; ou tomam decisões que tragam benefícios de curto prazo para si mesmas. Uma intenção essencial que cria a clareza necessária tem duas características: é inspiradora e ao mesmo tempo concreta. Ou seja cria vontade nas pessoas de participarem (inspiradora) e deixa claro quando se conseguiu atingir esse objetivo (concreta).
Capítulo 11: Ousar.
Muitas vezes fazemos coisas nas quais não acreditamos por pressão externa ou para evitar conflito. Para enfrentar esses momentos precisamos de coragem e graça para dizer não na hora e da forma certa. Primeiro é preciso ter claro para o que estamos dizendo “sim” como forma de nos dar convicção para o “não” que precisamos dizer. Depois é preciso se preparar para dizer esse “não” da forma certa quando ele for dirigido a uma pessoa. Algumas dicas práticas para isso são: separe a decisão do relacionamento; aprenda a dizer não sem usar a palavra não; lembre-se do seu “sim”; lembre-se que todo mundo está sempre vendendo alguma coisa; aceite que algumas vezes você vai ter que trocar popularidade por respeito; lembre-se que um “não” claro é mais gentil que um “sim” descomprometido. Algumas formas de dizer não são:
(1) uma pausa grande que devolva a bola para o outro;
(2) dar uma alternativa para o outro;
(3) dizer que precisa olhar a agenda;
(4) usar respostas automáticas no e-mail;
(5) dizer sim e perguntar o que perderá prioridade para isso;
(6) dizer de uma forma bem humorada;
(7) dizer sim colocando as condições;
(8) sugerir outra pessoa que realmente possa ajudar.
Capítulo 12: Se Descomprometa.
Um dos piores adversários na tentativa de se descomprometer com as coisas é a incapacidade de assumir as perdas já realizadas (sunk costs). Quando gastamos energia num projeto lutamos para mantê-lo vivo por medo das perdas que teremos que assumir, quando muitas vezes o melhor é parar de perder. Para evitar essa armadilha as dicas são: estar consciente de uma falha no nosso raciocínio que nos faz supervalorizar o que temos e subvalorizar o que não temos; se perguntar se você faria aquilo se não tivesse começado; superar o medo de perder coisas; assumir a perda como uma forma de começar a ganhar; parar de forçar quando as coisas não se encaixam; buscar uma opinião neutra; estar consciente do viés que nos faz continuar fazendo algo simplesmente porque já fizemos; usar o conceito de orçamento base zero; parar de assumir compromissos casualmente; pensar antes de responder; superar o medo de perder uma grande oportunidade; experimentar parar de fazer e ver o que acontece.
Capítulo 13: Editar.
Um editor não é apenas alguém que corta coisas, mas alguém que usa a subtração deliberada para adicionar vida a ideias, cenas e personagens. Para sermos Essencialistas, em muitos momentos, precisamos agir como editores: eliminando opções, sintetizando o que precisamos escrever ou fazer, corrigindo erros que nos afastam dos nossos propósitos; e as vezes até escolhendo editar menos, diminuindo o nível de intrusão. Um Essencialista não espera as coisas ficarem insuportáveis para agir como editor, mas faz isso de maneira contínua e sistemática em sua vida.
Capítulo 14: Limitar.
Muitas vezes pessoas com mais poder do que nós nos pedem para ir além dos limites. E muitos se enganam que para termos sucesso devemos ceder. A capacidade de estabelecer limites de forma respeitosa mas firme é algo que pode trazer algum ruído no curto prazo, mas que traz enormes dividendos a longo prazo. Principalmente respeito. Um Essencialista sabe que quando você estabelece limites você se torna ilimitado. Mas para fazer isso é importante ter em mente, mais uma vez, para o que você está dizendo “sim” de forma a poder dizer um “não” convicto.
Parte 4: Executar.
A pergunta aqui é: Como podemos fazer as coisas que importam quase sem esforço?
Ou seja, como construir sistemas que garantam que o essencial é feito consumindo o mínimo de energia?
Capítulo 15: Amortecer.
Os Essencialistas agem de forma preventiva, pensando antes e preparando recursos de reserva para as eventualidades ao invés de sempre assumir “que tudo vai dar certo”. E sempre que possível os Essencialistas usam os tempos bons para criar reservas que podem ser usadas em tempos difíceis. Principalmente em tempos como o que vivemos, é melhor ter consciência de que é muito difícil prever o inesperado e se preparar para as eventualidades, ao invés de ficar tentando adivinhar o futuro. A melhor prática nesse sentido é sempre estimar que cada atividade vai durar 50% mais do que você estima a princípio.
Capítulo 16: Subtrair.
A eficácia de um sistema é limitada pela eficácia do sub-sistema menos eficaz. Então, se você quer ser eficaz precisa identificar os gargalos que o estão impedindo de atingir a excelência e trabalhar sobre esse aspecto. A pergunta chave é: o que está me impedindo de realizar o que é essencial? Com essa resposta você deve trabalhar para remover tais obstáculos.
Capítulo 17: Progresso.
O caminho do Essencialista passa por começar qualquer empreendimento pequeno e ir gradativamente atrás de grandes resultados ao invés de querer começar grande e se frustrar com os resultados. E a cada pequena conquista, celebrar e se fortalecer gerando um movimento positivo. A ideia é fazer as coisas serem fáceis e o impulso ganho pelas conquistas trazer mais energia para o processo. No mundo empresarial isso se chama Produto Mínimo Viável. Podemos transportar isso para nossa vida falando do Progresso Mínimo Viável, nos perguntando: Qual o menor progresso que eu posso fazer para realizar o que eu quero realizar?
Capítulo 18: Fluxo.
O Essencialista deve desenhar as rotinas de forma que aquilo que é essencial seja realizado de forma automática, diminuindo o esforço para que as coisas aconteçam. Para estabelecer uma rotina existe um esforço inicial, mas uma vez que ela esteja estabelecida os resultados fluem naturalmente e por um longo tempo. Um benefícios decorrente de um conjunto bem estabelecido de rotinas é que você libera a sua mente para criar e processar informações complexas enquanto a parte automática da mente encaminha as rotinas. Os estudos de Mihaly Csikszentmihalyi mostram que pessoas com hábitos bem estabelecidos em termos de sono, alimentação e trabalho tendem a ser mais criativas. Para estabelecer novas rotinas é fundamental entender o processo de formação de um hábito. Tal processo tem três elementos: o gatilho (que dispara o comportamento); o comportamento em si e a recompensa. Aprender a gerenciar esses três elementos é o caminho para estabelecer um fluxo organizado de hábitos.
Capítulo 19: Foco.
Para nos concentrarmos no que é essencial precisamos aprender a estar no presente, que é o único momento que realmente existe. Realmente concentrados e imersos no que estamos fazendo. Até podemos fazer duas coisas ao mesmo tempo. Desde que uma seja realizada pelo cérebro automático e outra pelo cérebro deliberado. O que não conseguimos é pensar e focar em duas coisas simultaneamente. Então é possível, sim, ser multitarefa, mas não é possível ser multi foco.
Capitulo 20: Ser.
Existem duas formas de pensar no Essencialismo. A primeira é pensar nisso com algo que você faz ocasionalmente. A outra é pensar que você “é” um Essencialista. Nesse caso, o Essencialismo se torna um estilo de vida. Esse estilo de vida encontra adeptos importantes ao longo da história das antigas religiões: Gautama Buddha, Moisés, Maomé, João Batista e Jesus. Mas não só nessas áreas. Alguns essencialistas contemporâneos são: Dalai Lama, Steve Jobs, Leo Tolstoy, Michael Jordan, Warren Buffet, Madre Teresa e Henry Thoreau. Cada um deles escolheu abraçar algo essencial e fazer disso sua vida. Focando em algo muito importante e se concentrando naquilo. Na verdade todos somos tanto Essencialistas quanto Não Essencialistas. A pergunta é, qual desses papéis está mais presente em nossa vida. Aqueles que conseguem ser mais Essencialistas vivem uma vida com maior clareza, maior controle e maior prazer na jornada da vida.
Apêndice: Essenciais para a Liderança.
Muito do papel de um líder é manter o time unido ao redor daquilo que é essencial. Para isso algumas práticas são particularmente importantes: ser ridiculamente seletivo ao contratar pessoas; debater até definir uma intenção realmente clara; empoderar totalmente a equipe; comunicar as coisas certas na hora certa para a pessoa certa; e acompanhar continuamente para garantir progresso significativo.
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Referência: livro “Essencialismo” do autor Greg McKeown. Editora: Sextante.