Resumo do livro: ‘Organizações Exponenciais’ de Salim Ismail
Nenhuma empresa poderá acompanhar o ritmo de crescimento definido pelas organizações exponenciais, se não estiverem dispostas a realizar algo radicalmente novo – uma nova visão da organização que seja tão tecnologicamente inteligente, adaptável e abrangente quanto o novo mundo em que vai operar – e, no final de tudo, transformar.
Os autores do livro ‘Organizações Exponenciais’ pesquisaram exaustivamente os padrões das empresas exponenciais mais importantes do mundo e entrevistaram mais de 70 líderes globais e pensadores, para trazer uma nova e ampla visão sobre as tendências organizacionais e tecnológicas essenciais, que podem ser aplicadas nas startups, empresas de médio porte e nas grandes organizações.
Preparamos por aqui um resumo para você conhecer as ideias centrais do livro. Se gostar, corra para a sua livraria favorita!
Prefácio
O conceito de organizações exponenciais surgiu primeiramente na Singularity University.
Um conceito que está na base no conhecimento de todos aqueles que querem gerar um impacto relevante no mundo, através do uso de tecnologias exponenciais. E que geralmente nascem, não em grandes corporações, mas em fundos de garagem ao redor do mundo, gerando um mundo 6Ds: Digitized, Deceptive, Disruptive, Dematerialized, Demonetized e Democratized.
Introdução
O Projeto Iridium da Motorola foi um fracasso retumbante por ter desconsiderado as mudanças exponenciais que estavam acontecendo no mercado e se baseado em premissas que estavam mudando dramaticamente. Essa incapacidade de ver as mudanças também arrastou a Kodak para a falência.
Em 1920 uma empresa da Fortune 500 durava 67 anos e hoje 15 anos. Enquanto isso as startups são levadas ao valor de 1 bilhão, cada vez mais rápido.
A solução para esse desafio é a Organização Exponencial, definida como aquela cujo impacto é desproporcionalmente grande (no mínimo 10 vezes) comparada com seus pares, por causa do uso de novas técnicas organizacionais que alavancam tecnologias aceleradas.
As constatações de Ray Kurzweil que sustentam essa situação são:
(1) a lei de Moore (que diz que a capacidade computacional dobra a cada 18 meses) engloba todas as tecnologias da informação e não apenas a capacidade computacional;
(2) o driver dessas mudanças é a informação;
(3) uma vez que o padrão de dobrar começa ele não para mais;
(4) várias tecnologias estão seguindo esse padrão, tais quais: inteligência artificial, robótica, biotecnologia, medicina, neurociência, ciência de dados, impressão 3D, nano tecnologia e até a área de energia.
Capítulo 1: Iluminados pela informação
Especialistas e empresas que tentaram prever o desenvolvimento de mercados digitais falharam enormemente por usar modelos lineares em realidades regidas por equações exponenciais.
Isso acontece porque o desenvolvimento de produtos baseados na informação cresce muito rapidamente enquanto os custos unitários mergulham para algo próximo de zero. O que é ainda potencializado por inovações que estão na intersecção de campos distintos.
E mesmo indústrias que não são diretamente ligadas à informação acabam sofrendo o impacto indireto que podem devastar negócios ou criá-los do zero. Na medida em que a tecnologia impacta o comportamento do consumidor, ele muda a forma como compra o que pode ser uma maldição ou uma benção para muitas empresas, dependendo de como se reage a esse fato.
Capítulo 2: Um conto de duas empresas
A história de Navitech (GPS) e Waze mostram dois lados de uma mesma moeda. Enquanto uma surfou a onda exponencial a outra tomou o caminho da linearidade e se tornou irrelevante.
Isso aconteceu porque a primeira foi criada com base no paradigma da abundância do mundo atual enquanto a segunda seguia a lógica da escassez. E suas estruturas refletiam tais diferenças. Como o mundo está evoluindo em escala exponencial as empresas precisam aprender a escalar nesse mesmo ritmo ao invés de agir linearmente, agindo, por exemplo com base em recursos que elas não possuem e entendendo que a informação é seu maior ativo.
Capítulo 3: A organização exponencial
As organizações que agem exponencialmente têm se mostrado extremamente mais ágeis que as organizações tradicionais.
O estudo delas mostra algumas características em comum. Geralmente são movidas por um PTM – Propósito Transformador Massivo.
Com relação a forma como interagem com o ambiente elas:
- têm relações trabalhistas flexíveis (Staff on Demand),
- agem como comunidades e incluem boas ideias que vêm de qualquer lugar (Community & Crowd),
- usam algoritmos para mapear e entender clientes e outros stakeholders e suas necessidades (Algorithms),
- alavancam os recursos sem se apegarem à ideia de posse (Leveraged Assets),
- engajam as pessoas lançando mão de ferramentas que estão alinhadas à forma do ser humano pensar e agir (Engagement).
O que forma o acrônimo SCALE.
Capítulo 4: Dentro da organização exponencial
Na esfera interna, as empresas:
- usam processos automatizados para conectar o mundo externo aos recursos internos que vão lidar com eles (Interfaces);
- acompanham os resultados com indicadores em tempo real, simples e relevantes, geralmente baseados na metodologia Objetivos e Key Results (Dashboard);
- agem rápido, erram e corrigem a rota em uma abordagem Lean (Experimentation);
- estão estruturados em grupos autorganizados, multidisciplinares e que operam com autoridade descentralizada (Autonomy);
- lançam mão de tecnologias que aceleram o processo de interação social (Social Technologies).
Formando o acrônimo: IDEAS.
Capítulo 5: Implicações de uma organização exponencial
Muitas características das ExO já estavam presentes em negócios anteriores e um exemplo é o Sistema de Estúdios de Hollywood que opera em um ambiente solto e baseado em redes de relacionamento.
Algumas características do ecossistema ExO são:
(1) Informação acelera tudo;
(2) Em direção a desmonetização;
(3) Em que a disrupção é a norma;
(4) Tomando cuidado com os experts;
(5) Sem planos de longo prazo;
(6) Em que o pequeno bate o grande;
(7) Alugando ao invés de possuindo;
(8) Confiando e não controlando;
(9) Medindo o essencial.
Capítulo 6: Começando uma organização exponencial
Uma startup está exposta a três riscos: tecnológico (A operação vai funcionar?); mercadológico, (O cliente vai querer?); e de execução, (O time tem capacidade de implementar o plano?).
Dadas as características do novo mundo, o terceiro é o mais preocupante, e nessa jornada, os seguintes passos são importantes:
(1) Selecionar um MTP genuíno e atraente;
(2) Construir uma comunidade ao redor do MTP;
(3) Estruturar um time competente e com papéis e competências complementares;
(4) Ter uma ideia disruptiva;
(5) Construir um Canvas com o modelo Business Model Generation do Alexander Osterwalder;
(6) Encontrar um Modelo de Negócios;
(7) Construir um MVP;
(8) Validar Marketing e Vendas;
(9) Implementar as abordagens SCALE e IDEAS;
(10) Estabelecer uma cultura atraente e eficaz;
(11) Questionar-se Continuamente para manter a vanguarda;
(12) Construir e manter uma plataforma. E o grande desafio é fazer tudo isso funcionar junto e em harmonia, gerando um todo coerente, pilotando sempre que necessário em direção à situação ideal.
Capítulo 7: Organizações exponenciais e empresas médias
É possível alavancar exponencialmente uma empresa média. A ideia é se basear naquilo que a empresa já tem e começar por aí.
Algumas empresas que fizeram isso foram: TED, GitHub, Coyote Logistics, Studio Roosengaarde e GoPro. Todas conseguiram um acelerar exponencialmente os resultados se baseando em seu PTM e aplicando elementos do acrônimo IDEA internamente e SCALE externamente.
Para isso dois ingredientes se fizeram fundamentais: uma cultura capaz de se adaptar rápida e radicalmente e um líder visionário com apoio de seus diretores e da gestão sênior.
Capítulo 8: Organizações exponenciais para grandes organizações
A história do século XX mostrou quão ineficiente são as organizações centralizadas, hierarquizadas e autocráticas. Ainda assim a maioria das empresas se estrutura dessa forma. E poucas conseguem se transformar. Apple e IBM são exceções.
Entre aquelas que conseguiram, quatro estratégias se mostraram fundamentais:
- transformar a liderança;
- se associar, investir ou adquirir uma Organização Exponencial;
- revolucionar;
- implementar uma Organização Exponencial internamente.
Capítulo 9: Grandes companhias se adaptam
Algumas companhias se perderam pelo caminho tentando se transformar em Organizações Exponenciais.
Outras não se transformaram mas incorporaram elementos delas e conseguem se manter no jogo. Alguns exemplos desse último tipo são: Coca Cola, Haier, Xiaomi, The Guardian, General Eletric, Zappos, ING e Google Ventures.
Capítulo 10: O executivo exponencial
Um dos ingredientes mais importantes para viabilizar o aparecimento ou desenvolvimento de Organizações Exponenciais é a existência de líderes comprometidos com essa ideia.
Líderes que estejam atentos às principais tecnologias que estão mudando o mundo tais como: Sensores e Internet das Coisas, Inteligência Artificial com Ciência de Dados, Bitcoin e Block Chain e Neuro Feedback.
Essas mudanças geram grandes tendências como:
- abundância de conhecimento sobre praticamente tudo,
- experiências virtuais extremas,
- impressoras 3D,
- sistemas de pagamentos disruptivos,
- veículos autônomos.
Tudo isso gera impactos específicos em cada uma das posições do C-Level.
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