Resumo do livro: ‘The Talent Code’ de Daniel Coyle
The Talent Code: Greatness Isn’t Born. It’s Grown. Here’s How.
By Daniel Coyle
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O Talento é apenas o ponto de partida. Para que ele se materialize em um ponto forte é necessária muita dedicação. O livro “The Talent Code” discute como acender a chama que gera a energia necessária e como mantê-la ativa tempo suficiente para que a prática profunda gere resultados.
Confira no resumo que preparamos para você!
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Introdução: A menina que fez seis minutos de treino valerem por um mês
Por que existem lugares no mundo que produzem pessoas excelentes em suas áreas de atuação em uma taxa muito maior que outros?
Um dos motivos é porque esses lugares decifraram o código do talento que é capaz de jogar um ser humano em uma zona de desenvolvimento acelerado.
Do ponto de vista biológico, isso está ligado a descobertas recentes sobre o papel da mielina, que reveste os axônios, prolongamentos dos neurônios – células nervosas humanas. Quanto mais grosso é esse revestimento, mais eficiente o fluxo elétrico entre os neurônios e mais proficiente somos em uma atividade. E o que os cientistas descobriram é que quando disparamos esses circuitos da maneira certa, engrossamos a bainha de mielina.
Capítulo 1: O ponto certo
A forma certa de desenvolver uma habilidade é através da prática profunda, que acontece quando você erra de forma proposital e trabalha focado nesses erros.
Os simuladores de voo, tão importantes para o aprendizado de pilotos, funciona com base nesse princípio. O futebol de salão tem o mesmo efeito na busca da excelência para quem joga futebol. Por isso, o Brasil, que inventou esse esporte, revela tantos craques.
Capítulo 2: A célula da Prática Profunda
Descobertas científicas recentes mostram que na medida em que praticamos da forma certa, aumentamos a quantidade de mielina, substância que reveste parte dos nossos neurônios. E a quantidade de mielina impacta a velocidade com que os impulsos correm pelo sistema nervoso, o que por sua vez está ligado a habilidade em tarefas específicas.
Existem quatro princípios importantes com relação a forma como a mielina se comporta:
- Quanto mais repetimos uma ação, maior a quantidade de mielina no conjunto de neurônios envolvidos com elas;
- A mielina é a matéria prima básica para qualquer tipo de habilidade;
- Uma vez que a mielina envolveu um neurônio ela não sai de lá nunca mais (exceto no caso de doenças e com a idade);
- Quanto mais jovem, mais mielina produzimos, por isso, aprendendo mais e mais rápido quando mais jovens.
E de acordo com os estudos de Anders Ericsson, que dedicou sua vida a estudar o tema da prática, praticar da forma certa (prática deliberada) por uma grande quantidade de tempo (aproximadamente 10.000 horas) é o que leva a genialidade.
Capítulo 3: Os Brontes, os Z-Boys e a Renascença
Ao estudar casos de excelência como os citados no subtítulo chega-se a conclusão que todos têm uma coisa em comum: a possibilidade de praticar de uma forma específica e preferencialmente enquanto são bem jovens.
E essa forma de praticar, promove a produção de mielina.
É importante notar que a evolução nos preparou para produzir uma quantidade enorme de sinapses, pois é impossível saber quais serão necessárias na vida. E o uso de algumas delas com mais frequência, principalmente no início da vida, leva ao seu aperfeiçoamento. E como acontece esse aperfeiçoamento? Através da construção de bainhas de mielina ao redor dos axônios nas células nervosas que estão sendo mais utilizadas.
Capítulo 4: As três regras da Prática Profunda
A forma de praticar que estimula o engrossamento da bainha de mielina tem as seguintes características:
- Aprendizado por Partes, absorvendo o todo que se quer aprender, quebrando em partes, fazendo lentamente;
- Muita repetição;
- Pratica de forma deliberada, sentindo a ação e escolhendo um objetivo, tentando atingi-lo, avaliando a lacuna, retornando para o atingimento do objetivo.
Ou seja, para ficar bom, é necessário ser um entusiasta em errar. Pequenos passos é a estrada real para a habilidade.
Capítulo 5: Gatilhos Primais
Desenvolver uma habilidade requer prática profunda, que por sua vez requer energia, paixão e comprometimento.
Uma das formas de disparar esse estado de envolvimento é através da inspiração que vem de pessoas como você, conseguindo feitos grandiosos. A percepção de que aquela atividade está ligado com quem você é, também.
Esses dois ingredientes tem a ver com um gatilho primal que é a ideia de pertencimento futuro. Pertencimento a um grupo que faz algo que achamos que vale a pena.
Outra questão importante é a sensação de que o ambiente não é agradável e acolhedor; que há necessidade de lutar para sobreviver. Por isso alguns estudos mostram alta correlação entre excelência e a perda de pais precocemente ou o fato de ser um dos menores em famílias numerosas. A sensação de estarem em ambientes desafiadores ou estarem em situações de aproveitar recursos ou oportunidades escassas também é importante.
Capítulo 6: O experimento de Curaçao
O sucesso do time infantil de baseball de Curaçao, quando estudado, mostrou que tão importante quanto ter um momento de ignição para deflagrar a paixão por uma atividade, é conseguir manter a chama acesa.
Por isso, os berços de talentos têm mais do que um gatilho primal. Eles mantém um complexo conjunto de sintais que mantém o fogo pelo tempo necessário para a aquisição da competência acontecer.
E um aspecto importante nesse sentido, vem dos estudos de Carol Dweck, professora de Stanford que mostram que o incentivo baseado na noção de que o esforço é fundamental, têm mais impacto do que o incentivo baseado em confiança na capacidade intrínseca, como, por exemplo, a inteligência.
Capítulo 7: Como ativar um Celeiro de Talentos
Mesmo que um momento de ignição surpreendente não aconteça, é possível criar a paixão que sustenta um Celeiro de Talentos. Mas isso requer o estabelecimento de objetivos focados e influentes amarrados com uma abordagem em que todos os detalhes são importantes.
O tempo todo, sinais de reforço que valorizem o grande objetivo deve estar presente. Um exemplo é o Projeto KIP.
Capítulo 8: Os Sussurros de Talentos
Algumas pessoas têm o poder para desenvolver os talentos das outras de forma a fazer com que eles virem algo concreto.
Nos celeiros estudados, essas pessoas são geralmente quietas e reservadas, com grande tempo dedicado à atividade de ensinar e mais inclinadas a escutar do que falar. Avessas a discursos motivadores, elas dedicam mais tempo para trabalhar em ajustes pequenos e altamente focados, dirigidos de forma customizada para a personalidade de cada aprendiz. E de alguma forma apelando para a abordagem do todo para a parte em grandes pedaços e focado nos erros que cada um está cometendo, com repetição constante.
Nesse sentido, o mais importante não é que o coach seja excelente naquilo que ele ensina, mas nas competências ligadas ao ensinar, principalmente que seja excelente na capacidade de fazer a pessoa se apaixonar pela atividade.
Capítulo 9: O Ciclo do Ensino, Um Mapa
Um grande professor tem a capacidade de transitar entre o conhecimento sobre o que ele vai ensinar e reconhecer o esforço que o aluno está caminhando rumo à excelência.
Isso se baseia em quatro virtudes:
- A capacidade de entender os muitos e diversos caminhos que levam à excelência e seguir por aquele que faz sentido para o aprendiz;
- A capacidade de entender profundamente cada aprendiz e usar um abordagem personalizada que faça sentido para ele;
- A capacidade de orientar com precisão, segurança e paciência em direção aos passos que precisam ser dados rumo a excelência, sempre puxando o aprendiz no seu limite;
- Sempre com dramaticidade e caráter, apontando os erros e estimulando o desenvolvimento.
Uma observação importante é que as atividades em que existe uma melhor e única forma de fazer, a presença do coach é muito maior. Enquanto nas atividades em que a complexidade e a imprevisibilidade estão presentes, o coach tem o papel de criar o ambiente para que as pessoas desenvolvam seus próprios circuitos.
Capítulo 10: Tom Martinez e a aposta de US$ 60 milhões
Esse capítulo conta a história de como Tom Martinez, o mentor do espetacular Tom Brady, ajudou Oakland Raiders escolher JeMarcus Russel e ao longo da história descreve suas estratégias para extrair o máximo de cada jogador.
As frases mais interessantes são: “sessenta por cento do que você ensina, se aplica a todo mundo. O truque é como você ensina esses 60% para cada pessoa. Se eu te ensino, eu estou preocupado com o que você pensa e como você pensa. Eu quero ensinar de uma forma que é certa para você.”; & “Je Marcus é como todas as pessoas: ele não pode fazer isso sozinho”.
Epílogo: O Mundo da Mielina
O ponto de partida é a ignição do desejo profundo de fazer algo.
O trabalho do master coach leva essa chama inicial a incendiar a pessoa que mergulha no processo de prática profunda, que culmina com a materialização do talento.
E esse conceito vale para a educação, os negócios, pode ser aplicado na psicologia, como uma forma de amenizar o envelhecimento e para educar os filhos.
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