Os 15 melhores insights do livro ‘The Open Organization’

Num mundo que demanda agilidade e criatividade, os modelos de gestão baseados em comando e controle vêm gerando frustração cada vez maior. Em seu lugar, emerge uma filosofia de trabalho diferente e que desafia os paradigmas estabelecidos, que podemos chamar de Open Organization.

Uma das representantes mais bem sucedidas dessa nova corporação é a Red Hat, gigante do mundo do software que vem apresentando resultados admiráveis. E sabe quais são as principais lições dessa experiência? Veja os principais insights que tiramos do livro The Open Organization, escrito por seu CEO, Jim Whitehurst.
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1. Obediência não é comprometimento

As competências humanas que são mais importantes para o sucesso no mundo contemporâneo não podem ser gerenciadas.

Comando e controle podem fazer as pessoas serem obedientes, mas não conseguem promover iniciativa, criatividade e paixão.

E como esses são ingredientes fundamentais para o sucesso no mundo contemporâneo, se você quiser que sua organização seja bem sucedida, você precisa se livrar dos paradigmas de gestão tradicional e pensar de forma diferente.

2. Não é só bom, funciona

As organizações abertas são mais criativas, inovadoras e ágeis porque funcionam como uma comunidade onde cada pessoa escolhe oferecer o melhor de si.

E se você pensa que isso é apenas poesia, é importante saber que existem muitas organizações que já funcionam assim e que vêm obtendo um nível de sucesso extraordinário.

3. Líderes são lastros do engajamento

Um dos principais ingredientes para a construção de uma organização engajada é um time de líderes que dialogam constantemente com seus colaboradores. Líderes que estão preocupados com as pessoas e que cuidam das pessoas, para que elas cuidem da empresa.

4. Além dos números

Além de usar ferramentas de acompanhamento quantitativo do clima organizacional como o NPS (Net Promoter Score) a Red Hat pergunta para seus colaboradores o quanto eles: são apaixonadas pela missão da empresa, estão comprometidas com seus trabalhos e acreditam que estão aprendendo e crescendo.

5. Meritocracia, não democracia

As melhores ideias baseadas numa compreensão real da situação é que devem vencer, independente do nível hierárquico de onde elas venham.

Numa Open Organization, todos têm o mesmo direito de serem ouvidos e aqueles que trazem as melhores contribuições são admirados e seguidos.

6. Primeiro os seguidores

Para se tornar um líder numa meritocracia você precisa, primeiro, atrair seguidores, e não ao contrário, como é típico nas estruturas mais convencionais. A relação subordinado chefe pode ser imposta. Mas a verdadeira liderança só acontece quando as pessoas escolhem ser lideradas.

7. Fora da caixa

Líder deve estimular as pessoas a trabalharem naquilo pelo que têm paixão, ainda que esteja fora do escopo de trabalho considerado oficial.

Empresas como o Google definem um determinado tempo que as pessoas podem dedicar a projetos fora do job description, mas na Red Hat esse tempo pode chegar a 100%, desde que a comunidade entenda que tal atividade é relevante.

8. Deixe as faíscas voarem

Estudos recentes questionam a premissa do brainstorming de que para a criatividade emergir não deve haver críticas às ideias que surgem.

As novas descobertas apontam o contrário. É do confronto que emergem os melhores insights, apesar de isso poder gerar algum desconforto no ambiente.

9. Cuidado com o excesso de harmonia

Quando um grupo ou organização tem um pensamento homogêneo e sem conflitos, o resultado pode ser uma coesão que gera a sensação de invulnerabilidade e certeza, que por sua vez pode comprometer a prosperidade e até a sobrevivência de uma organização.

10. Decisão lenta e implementação rápida

A maioria dos projetos nas organizações falha porque as pessoas que vão fazê-lo acontecer não participam das decisões ligadas a ele.

Na Red Hat todas as pessoas afetadas por uma decisão são envolvidas na discussão. Isso torna o processo de tomada de decisão mais lento, mas acelera enormemente a implementação, e aumenta o nível de sucesso nos projetos.

11. Líder como catalizador

O líder deve atuar como um catalizador na organização, viabilizando ou acelerando ações.

A partir de sua posição um líder deve jogar luz sobre um tema, estabelecer objetivos claros, que nem sejam amplos demais a ponto de carecer de direcionamento, nem estreitos demais a ponto de inibir a criatividade e contribuição da comunidade.

12. Lance rápido, lance frequentemente

Para evitar grandes erros, Organizações Abertas têm a filosofia de começar fazendo as coisas de forma simples, pequena e rápida, detectar os erros com agilidade, corrigi-los e aprender com eles, seguindo em frente.

Isso tem origem na cultura de muitas empresas de software que lançam produtos ainda que não estejam perfeitos e o atualizam constantemente.

13. Não tem volta

As organizações convencionais terão cada vez mais dificuldade de operar no novo ambiente empresarial.

Então ingredientes das Open Organizations serão incorporados cada vez mais nas organizações tradicionais e muitas se converterão totalmente. Aquelas que não fizerem esse movimento, ficarão para trás.

14. Open leader

Um líder que quiser estar à frente de uma Open Organization, precisa desenvolver, pelo menos quatro competências:

1. Força Pessoal e Confiança, para expor sua vulnerabilidade, aceitar os desafios e confrontos dos liderados e cultivar a humildade;
2. Paciência, para dar tempo ao diálogo ao invés de apostar nas decisões apressadas;
3. Inteligência Emocional, para deixar de querer ser a pessoa mais esperta na sala e desejar ser parte do time que está na sala;
4. Ter um Modelo Mental Diferente, que valoriza a busca do resultado a longo prazo e não a pressa por resultados de curto prazo atropelando as pessoas.

 

15. Além das fronteiras

As Open Organization não procuram ser abertas apenas para aqueles que estão dentro dos seus muros, mas tentam incorporar contribuições de todo o ecosistema, tal como clientes, fornecedores e até concorrentes.

 

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