Tubarões que Ensinam

O modelo 70:20:10 está na boca do RH novamente. Essa abordagem que tem décadas de existência voltou a ganhar espaço nas estratégias de desenvolvimento de pessoas nas organizações e vem dando a luz a diversas formas diferentes de aprendizado. Uma, que talvez não seja considerada por muitos é a convivência com tubarões no espaço de trabalho. Batizados assim por serem agressivos e competitivos, tais profissionais são uma fonte de incômodo para seus pares. A boa notícia é que esse incômodo pode ser usado a favor do time.

Esses potenciais “predadores” geralmente elevam a régua de exigência no ambiente de trabalho e fazem aqueles que nadam a seu lado se mexerem mais rapidamente para não serem “devorados”. Apesar da intimidação inicial, parece que as pessoas percebem a importância desses profissionais no ambiente. Tanto é que uma pesquisa realizada pela Page Personel com analistas, coordenadores e jovens gestores revelou que a situação pode ser positiva. Para 90% dos respondentes, ambientes assim fazem bem para o funcionário e para a empresa. Mais do que isso: para 40% a disputa é fundamental para o desenvolvimento pessoal e a promoção do sucesso da companhia.

Considerando essas circunstâncias, a área de Recursos Humanos pode trabalhar junto com o líder de um time para garantir o equilíbrio entre a presença de profissionais que provoquem positivamente o time, sem entretanto deixar a situação descambar para o lado do conflito generalizado e perda da motivação.

Insights para o seu Desenvolvimento

Qual o aprendizado? Profissionais agressivos e competitivos podem ser fontes de desenvolvimento para seus pares (desde que não passem dos limites, é claro).

Como coloco em prática? Verifique se no time que você lidera ou apoia existem pessoas com magnetismo suficiente para agitar o ambiente e elevar a régua de exigência. Em caso negativo, considere contratar alguém mais apimentado no próximo processo de seleção.

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