Resumo do Livro “Garra” de Angela Duckworth
Em “Garra”, ao usar como exemplo a própria história como filha de um cientista que, com frequência, notava sua falta de “genialidade”, Duckworth, agora professora e pesquisadora renomada, descreve as primeiras revelações que a levaram à hipótese de que não é a “genialidade” que realmente conduz ao sucesso, mas uma combinação especial de paixão e perseverança.
Preparamos por aqui um resumo para você! E se gostar, corra para a sua livraria favorita.
Capítulo 1: Superação.
Estudos com cadetes de West Point, vendedores de turismo, alunos de uma escola pública em Chicago, estudantes universitários, os Boinas Verdes e outros, mostraram que entre pessoas com níveis similares de aptidão, a Escala de Garra – teste desenvolvido pela autora – está fortemente relacionado à capacidade de uma pessoa persistir na busca por seus objetivos.
Capítulo 2: Enganada pelo Talento.
As pessoas valorizam o talento muito além do seu real peso no sucesso. Apesar de ser um ingrediente fundamental, o talento é apenas o potencial – que só se materializa com o esforço. O problema de supervalorizar o talento é que ao exagerar na percepção do seu peso, desvia-se o foco de outro aspecto, pelo menos tão importante: esforço.
Capítulo 3: O Esforço conta em Dobro.
Exageramos no peso do talento porque se acreditarmos que ele é algo inato, estaremos nos dispensando de competir com os bem sucedidos, por acreditar que eles têm talento e nós não. E existem muitas evidências que a maior parte das pessoas não consegue o que quer apenas porque desiste e não por falta de talento.
Capítulo 4: Até Onde vai a sua Garra.
Ter garra não é se dedicar intensamente a algo por um curto período, mas ter resistência para se dedicar pelo tempo necessário para que o êxito venha. E a resistência é função de duas variáveis: a paixão e a perseverança. A paixão vem da capacidade de estabelecer sonhos e objetivos amplos, duradouros e compatíveis com os desejos genuínos. Não há problemas em mudar os meios para se atingir tais sonhos, mas mudar de sonhos com frequência é um sinal de falta de garra.
Capítulo 5: O Crescimento da Garra.
Uma parte menor da garra é genética. A maior parte é adquirida pela experiência. Uma evidência disso é que a média na Escala de Garra, sobe linearmente com a idade.
Capítulo 6: Interesse.
Algo comum aos incrivelmente bem sucedidos é adorar o que faz. É óbvio que ninguém consegue fazer só o que gosta, mas quanto mais se aproxima disso, maior a probabilidade de ser bem sucedido. Mas é importante dizer que a paixão pelo trabalho tem um pouco de descoberta, seguida de muito desenvolvimento e uma vida inteira de aprofundamento. Ninguém encontra seu caminho num “clique” – num passe de mágica. Na fase de descoberta o mais importante é a experimentação com baixa pressão. Por isso, os pais e professores devem tornar o início de qualquer atividade, prazeroso.
Capítulo 7: Prática.
Todos os modelos de garra buscam a evolução constante. Anders Ericsson, especialista em excelência humana diz que não é apenas a prática que leva à excelência, mas a prática deliberada, quando se pratica, prestando atenção e tentando melhorar, de preferência com a ajuda de um agente externo de apoio. Mihaly Csikszentmihalyi complementa essa ideia dizendo que as pessoas que fazem algo com potencial para a excelência estão em uma zona mental de Flow, uma sensação em que o tempo parece voar e as coisas acontecem com naturalidade.
Capítulo 8: Propósito.
O propósito passa pela intenção de contribuir com o bem-estar do outro além de atingir o próprio bem estar. Dados mostram que os excelentes levam em conta o propósito, tanto quanto o prazer pessoal. Para Bill Damon o propósito é a resposta final para a pergunta “por que estou fazendo isso?”. Mas o propósito só se consolida quando a pessoa acredita que ela pode realmente fazer a diferença com relação ao objeto do seu propósito.
Capítulo 9: Esperança.
As pessoas que são modelos de garra são otimistas e encaram os revezes como falhas no processo e não competências intrínsecas que lhes faltam. Essa constatação está em linha com a “mentalidade de crescimento” defendida pela Professora Carol Dweck, que diz: quem acredita que suas capacidades são limitadas – mentalidade fixa – não investe energia para conseguir o que quer. Já quem acredita que as capacidades podem ser desenvolvidas e têm uma “mentalidade de crescimento” se dedica e se desenvolve.
Capítulo 10: Educar para a Garra.
A melhor forma de desenvolver garra nos liderados e filhos é manter um equilíbrio entre ser exigente, mas ao mesmo tempo compreensivo, demonstrando interesse e preocupação de forma afetuosa. É importante ainda ser um exemplo de garra e deixar claro que as altas exigências dirigidas aos liderados e filhos nascem da crença de que a pessoa pode atingir padrões elevados.
Capítulo 11: As Arenas da Garra.
A melhor forma de desenvolver garra é fazer coisas desafiadoras por um tempo suficiente e melhorar aprendendo a relação de causa e efeito entre dedicação e resultado. As atividade extracurriculares são uma ótima forma de se fazer isso. Pesquisas mostram que quem enfrenta desafios duros aprende a ter garra, enquanto aqueles que nunca os enfrentam se tornam indolentes.
Capítulo 12: Uma Cultura de Garra.
A cultura tem o poder de moldar nossa identidade no curto prazo e a construção de uma cultura de garra tem os seguintes ingredientes (1) clareza sobre o que é ter garra; (2) manifestação verbal dessa clareza por parte do líder; (3) proximidade e comunicação abundante com os liderados com relação aos elementos que compõem a cultura; (4) respeito aliado à firmeza na exigência da busca pela excelência; e (5) orientação clara do que o liderado deve fazer para colocar em prática a cultura de garra.
Capítulo 13: Conclusão.
A garra pode ser desenvolvida de dentro para fora: cultivando os interesses, praticando diariamente a superação de dificuldades; ligando seu trabalho a objetivos que transcendem apenas seus interesses imediatos; mantendo a esperança quando tudo parece estar perdido. A garra também pode ser desenvolvida de fora para dentro. Mas isso significa ser liderado – ou educado, ou ensinado – por pessoas que ajam em consonância com os princípios dos capítulos 10, 11 e 12. Entre os benefícios está uma vida mais satisfatória, pois como mostra uma pesquisa, existe uma relação positivamente linear entre os graus de “Satisfação com a Vida” e “Garra”.
Referência: livro “Garra” da autora Angela Duckworth. Editora: Intrínseca.