Resumo do Livro “Same as Ever” (O Mesmo de Sempre) de Morgan Housel
Same As Ever irá equipá-lo com uma nova e poderosa capacidade de pensar sobre riscos e oportunidades e navegar na incerteza do futuro.
Preparamos por aqui um resumo para você! E se gostar, corra para a sua livraria favorita.
Introdução: As Pequenas Leis da Vida
A história está cheia de surpresas e eventos imprevisíveis, mas também, repleta de sabedoria atemporal, principalmente sobre o comportamento humano. Aprender sobre isso é a coisa mais importante que você pode fazer.
Capítulo 1: Pendurado por um Fio.
Detalhes, aparentemente irrelevantes, vêm mudando de forma dramática a história da humanidade e a vida das pessoas. Muita coisa está pendurada por um fio. As pessoas dizem que para saber para onde estamos indo, precisamos saber onde estivemos. Mas a verdade é que mesmo que saibamos exatamente onde estivemos, continuaremos não tendo a menor ideia de para aonde vamos já que os eventos se compõem de forma insondável. Cada evento cria sua própria prole que impacta o curso das coisas de forma muito especial. Isso faz com que as previsões sejam absurdamente frágeis. O absurdo das conexões passadas tem o poder de humilhar sua confiança na capacidade de prever o futuro.
Capítulo 2: Risco é o que Você Não Vê.
Nós somos muito bons em prever o futuro, exceto pelas surpresas, que no final das contas é tudo que importa. O maior risco é sempre aquele que ninguém vê chegando, pois para esses ninguém pode se preparar, então são exatamente esses que geram danos amplificados quando se apresentam. Por isso, dizemos que risco é aquilo que sobra depois que você acha que pensou em tudo. Sendo assim, tenha certeza que os fatos mais impressionantes que presenciaremos na próxima década são aqueles sobre os quais ninguém está falando hoje. Isso ocorre pela relação entre o quanto uma pessoa consegue ver do mundo e o quando existe para ser visto. Vemos muito pouco do mundo, mas esse é o nosso total e acabamos acreditando que esse é, realmente, o total. É por isso que Daniel Kahneman disse: o que você não vê pode refutar tudo aquilo no que você acredita, e isso, simplesmente, não nos ocorre. E é por isso que Nassim Taleb nos diz: invista em preparação e não predição. É duro nos darmos conta que nos preparamos para tudo que fazia sentido até sermos atingidos por algo que nós nunca imaginamos.
Capítulo 3: Expectativas e Realidade.
Sua felicidade depende mais de suas expectativas do que da realidade que você experimenta. E suas expectativas são grandemente influenciadas pelas possibilidades que estão ao seu redor. Num mundo onde as mídias sociais são vitrines de vidas maquiadas é grande a probabilidade de que a construção de expectativas infladas gerem uma sensação de miserabilidade.
Capítulo 4: Mentes Selvagens.
As pessoas geniais pensam muito diferente. E por isso conseguem trazer revoluções positivas para o mundo. Mas essa forma diferente de pensar geralmente significa que elas também têm o enorme potencial de nos incomodar e trazer problemas. Então, é importante perceber que as pessoas que têm a capacidade de atingir coisas incríveis geralmente também dão os tiros pela culatra mais surpreendentes.
Capítulo 5: Números Selvagens.
Viver é gerenciar probabilidades, mas o ser humano comete muitas falhas nesse sentido, incorrendo no que chamamos de viés inconsciente. Temos o desejo fervoroso por certeza apesar de vivermos num mundo incerto e probabilístico. Em que algo pode ser provável e não acontecer ou ser improvável e acontecer. Certeza é algo raro e o melhor que você pode fazer é tomar decisões em que as probabilidades estejam a seu favor. Entendendo que você pode agir de forma inteligente e as coisas darem errado ao mesmo tempo em que você pode agir de uma forma estúpida e as coisas darem certo. Apesar disso nós precisamos acreditar que vivemos num mundo previsível e controlável, então nós acabamos nos rendendo aos falsos profetas prometem nos satisfazer nesse sentido.
Capítulo 6: A Melhor História Vence.
A melhor história vence. Não a melhor ideia, ou a mais racional. Grandes ideias pobremente explicadas não vão a lugar nenhum, enquanto ideias velhas ou ruins apresentadas da maneira certa podem detonar revoluções. A enorme quantidade de informações no mundo inviabiliza a análise fria e racional em busca da resposta certa. Então, como estamos sempre ocupados e somos emocionais, somos movidos pela história mais persuasiva e poderosa e não pelos dados mais consistentes.
Capítulo 7: Não Quantifique.
Tentar destilar os emocionais e hormonais humanos em equações matemáticas é a causa de muita frustração e surpresa. Claro que é importante quantificar o possível, mas é um perigo assumir que aquilo que não pode ser quantificado não tem valor. Principalmente quando as questões estão ligadas ao comportamento humano. Durante muito tempo os economistas assumiram que as pessoas eram guiadas pela busca racional da utilidade, mas os fatos desmentiram essa perspectiva. Por isso as pessoas bem sucedidas são aquelas que entendem que o mundo real é um encadeamento de absurdos, confusões, relações bagunçadas e gente imperfeita.
Capítulo 8: A Tranquilidade Planta as Sementes de Loucura.
Quando tudo vai bem as pessoas ficam otimistas. Quando ficam otimistas elas relaxam e correm riscos desnecessários. Quando relaxam e correm riscos desnecessários as coisas ficam ruins. Quando as coisas ficam ruins as pessoas trabalham duro e ficam atentas. Quando as pessoas trabalham duro e ficam atentas tudo vai bem. E isso faz o mundo ser cíclico, na economia, nas empresas e na vida pessoal.
Capítulo 9: Muito, Muito Breve e Muito Rápido.
Uma boa ideia, quando turbinada, pode rapidamente se tornar uma má ideia, pois a maioria das coisas tem um tamanho e velocidade natural e quando as empurramos para além disso, o tiro costuma sair pela culatra. E muitas coisas que funcionam bem em uma escala, quebram quando tentamos levá-la para outra escala. Crescimento é bom, até porque os muito pequenos, eventualmente, são engolidos. Mas o crescimento forçado, acelerado e artificial tende a não funcionar. As pessoas tendem a querer fazer mais rápido e maior na busca pela grandeza; e isso sempre foi um problema. E sempre será.
Capítulo 10: Quando a Mágica Acontece.
Uma verdade constante que você vê ao longo da história é que as maiores mudanças e as inovações mais importantes não acontecem quando todo mundo está feliz e as coisas vão bem. Elas tendem a acontecer durante e após um acontecimento terrível. Quando as pessoas estão chocadas, em pânico, preocupadas e quando as consequências de não agir rapidamente se tornam insuportáveis.
Capítulo 11: Tragédias Rápidas e Milagres Lentos.
Todos já ouvimos que demora vinte anos para construir uma reputação e cinco minutos para destruí-lo. Esse é um caso particular de uma regra mais ampla que diz que as vitorias são formadas através de uma soma sucessiva de pequenas conquistas. Tão pequenas que mal nos damos conta da evolução. Já as derrotas se materializam mais rapidamente e por isso a percebemos com muito mais clareza.
Capítulo 12: Minúsculo e Magnífico.
Resultados notáveis aparecem através da composição consistente de pequenos fatores sucessivos e que se alavancam mutuamente ao longo do tempo. A própria evolução é um sinal disso. As minúsculas melhorias de uma espécie compostas por 3.8 bilhões de anos fazem o resultado parecer mágica. Então a grande pergunta não é: como eu posso obter o retorno mais alto? Mas: qual é o melhor retorno que eu consigo sustentar por um período suficientemente longo.
Capítulo 13: Júbilo e Desespero.
Progresso requer otimismo e pessimismo. E o melhor caminho é sempre planejar como um pessimista e sonhar como um otimista. Afinal, o pessimista se antecipa aos problemas e os evita, mas tende a não ousar o necessário para prosperar. Por outro lado, o otimista age com grande vigor movido pelos grandes sonhos, mas não se previne suficientemente dos riscos. Sendo assim, é importante ser um pessimista a curto prazo, mas um otimista no longo prazo. Ser um otimista racional. Os negócios que tomam grandes riscos através de novos projetos que garantirão o futuro (como um otimista), mas cuida das dívidas de curto prazo mantendo uma boa liquidez (como um pessimista) aumentam suas chances de êxito.
Capítulo 14: Acidentes da Perfeição.
Na busca pela produtividade máxima, enchemos nossas agendas com atividades operacionais e nos esquecemos que as grandes ideias só vêm quando nos damos tempo para a reflexão e a criatividade, que geram as ações que fazem a diferença, principalmente em atividades ligadas à economia do conhecimento. Nem todos os trabalhos requerem criatividade e pensamento crítico, mas aqueles que requerem, funcionam melhor quando há tempo devotado à contemplação e à curiosidade, pois é daí que nasce a superação dos grandes obstáculos.
Capítulo 15: É para ser Difícil Mesmo.
Todos nós queremos um atalho para tudo. Sempre foi assim. Mas com o crescimento da importância da tecnologia parece que estamos dando mais importância à capacidade de hackear, que parece ser uma forma de obter resultados sem esforço. O que é possível, mas pouco frequente no mundo real. O caminho do êxito sempre passa por identificar o preço a se pagar e estar disposto a fazê-lo.
Capítulo 16: Continue Correndo.
A tendência da evolução criar espécies cada vez maiores é contrabalançada pela tendência do tamanho excessivo ser fonte de extinção. A biologia mostra que o tamanho de um corpo é como a alavancagem de um investimento: acentua a probabilidade de ganhos enquanto amplifica as perdas. No mundo dos negócios acontece o mesmo. Tamanho gera sucesso, sucesso gera vaidade e vaidade é o começo do fim do sucesso. Além do que, o design que faz uma organização crescer, frequentemente não funciona quando ela se torna grande, aumentando a possibilidade de problemas. Some-se a isso a tendência das pessoas relaxarem quando “chagam lá” (medido pelo porte que atingem). E o fato de que as competências que levam ao sucesso num momento podem deixar de ser importantes no próximo. Por fim muitos dos sucessos no mundo acontecem numa confluência de fatores na hora certa e no lugar certo, mas como as pessoas atribuem isso apenas à própria competência, elas acabam por mascarar o fator sorte levando a decisões soberbas com base nisso. A consequência de tudo isso é que nenhuma empresa pode se acomodar. Nunca. Sob pena de desaparecer ou se tornar irrelevante. E deve sempre continuar em busca de renovar suas competências e diferenciais.
Capítulo 17: As Maravilhas do Futuro.
Acreditamos que as inovações do passado foram magníficas, mas as do futuro serão mais simples porque já fizemos o que era fácil. Mas quanto mais inovações surgem, grandes ou pequenas, maior a chance de termos grandes inovações que emergem da composição de inovações anteriores. E muitas inovações que nascem aparentemente inúteis se tornam a base para aplicações incríveis através do trabalho de muitos cientistas atirando em muitas direções e que por uma questão probabilística acabam gerando algum sucesso.
Capítulo 18: Mais Difícil e Menos Divertido do que Parece.
A maioria das pessoas não revela seus tormentos, medos e inseguranças. Elas não revelam se são realmente felizes. Raramente dizem a verdade sobre suas fraquezas e fracassos. Praticamente todo mundo está cultivando uma imagem positiva de quem é. Propagando suas competências e escondendo suas incompetências. O perigo é que quando você está ciente dos seus problemas, mas cego para os problemas dos outros é fácil assumir que você é pior do que realmente é. Cada pessoa está sempre lidando com problemas que você desconhece. Se você tiver essa consciência vai conseguir perdoar mais facilmente a si mesmo e aos outros.
Capítulo 19: Incentivos, a Força Mais Poderosa do Mundo.
Todo mundo é mais suscetível às influencias do que gostaria de admitir. Com o incentivo certo as pessoas são capazes de justificar e defender praticamente qualquer coisa. Muito difícil ser totalmente objetivo quando seus interesses estão em jogo. As fronteiras morais do que as pessoas estão dispostas a fazer pode ser estendida com os incentivos certos.
Capítulo 20: Agora Você Entende.
Você pode ler, estudar, imaginar e ter empatia, mas, geralmente, você não tem a menor ideia de como vai agir quando for posto numa situação real. Pegue uma pessoa boa, honesta e amorosa e prive-a de suas necessidades básicas e você verá um monstro irreconhecível emergir. Sob stress elevado uma pessoa se torna uma besta. E o mesmo vale para empresas, carreiras e relacionamentos. Tempos difíceis fazem as pessoas agir e pensar de formas que elas jamais poderiam imaginar nos momentos bons.
Capítulo 21: Horizonte de Tempo.
Imaginar como você vai se comportar a longo prazo é muito difícil. Tendemos a minimizar a dificuldade do que ainda está por vir e aceitar confiantes desafios que talvez sejam pesados demais quando se apresentarem. Além do que, muitas vezes você, não apenas precisa se convencer de como vai agir antes de embarcar em uma jornada difícil, mas convencer todos ao seu redor de que as coisas serão como você diz que serão. E ao longo da jornada precisa saber diferenciar quando está sendo paciente na espera do longo prazo e quando está sendo apenas teimoso. Algo que pode ajudar nesse sentido é você se habituar a consumir mais informações permanentes (as que não mudam ao longo do tempo) do que as circunstanciais (que mudam com o tempo). As primeiras lhe capacitam a entender melhor e as segundas a tomar melhores decisões.
Capítulo 22: Tentando com Vontade Demais.
Os seres humanos tendem a valorizar demais o que é complexo e intelectualmente sofisticado e desvalorizar o que é simples e efetivo. E muitos problemas podem ser resolvidos com soluções elegantemente simples. Mesmo a compreensão de áreas aparentemente complexas, se baseiam em poucos princípios fundamentais. Para contornar essa tendência devemos nos livrar de algumas crenças: de que complexidade gera controle; da mística ao redor de quem entende algo que você não entende; de que quantidade significa esforço e dedicação; que simplicidade significa facilidade.
Capítulo 23: Feridas Curam, Cicatrizes Permanecem.
A história está cheia de episódios catastróficos que as pessoas superam em sua esfera prática, mas que deixam cicatrizes que influenciam enormemente seus comportamentos para sempre. E esses comportamentos são diferentes de entender por parte daqueles que não viveram a mesma experiência. Por isso, faz sentido sempre se perguntar: o que você viveu e eu não, que faz você acreditar no que acredita? Será que eu pensaria como você se tivesse vivido o que você viveu?
Referência: Livro “Same as Ever” (O Mesmo de Sempre) de Morgan Housel. Editora: Harriman House.